Sarai não! Sara

Meditação do dia 10/08/2018

 Disse Deus mais a Abraão: A Sarai tua mulher não chamarás mais pelo nome de Sarai, mas Sara será o seu nome. Porque eu a hei de abençoar, e te darei dela um filho; e a abençoarei, e será mãe das nações; reis de povos sairão dela.”  (Gn 17.15,16)

 Sarai não! Sara – Amamos dizer e até em oração: “O Deus de Abraão…” mas ele também é o Deus de Sara, como fora de Abrão e Sarai. A história é a de um casal que escolheu andar com Deus e nessa caminhada, sucederam-se fases e em cada uma houve revelações aos seus corações e aos nossos. Espiritualmente são nossos pais e a herança deles é a nossa; a história deles antecede a nossa. O solo onde pisamos como vencedores em Cristo, já foi pisado por eles e daí vem a nossa admiração, respeito e reverencia para com nosso ancestral espiritual, que faremos bem em imitar e prosseguir no desenvolvimento de tudo que herdamos. O Deus da nossa fé é um Senhor geracional e por isso valoriza tanto a família, pois a única maneira certa de haver geração sucedendo geração é por meio de famílias. Para Deus e para os da fé, família é diferente de ajuntamento de pessoas com base em relacionamentos de conveniência. Marido e mulher, casais, pais e filhos de modo harmônico, piedoso e reverentes, sucedem-se em gerações abençoadas e abençoadoras. Algumas convicções errôneas adotadas socialmente com mentalidade mundana, em certas culturas e a nossa não fica de fora disso, por vezes reconhece o direito de apenas um dos cônjuges, como sendo aquele que tem direito a bênção, à herança espiritual, à autoridade e com isso enfraquecem os vínculos das veredas antigas de Deus, que são aqueles marcos que nunca devem ser mudados de lugar. Não removas os antigos limites que teus pais fizeram (Pv 22.28). Quando Deus chamou Abrão, também chamou Sarai; quando fez alianças e reiteradamente as confirmou, também a esposa foi inclusa; quando o Senhor mudou o nome dele para Abraão, para validar e demonstrar a grandeza de suas promessas, também mudou o nome dela para Sara, porque ela também seria abençoada, também seria protagonista da bênção e da herança e das alianças celebradas pelo Altíssimo, o Possuidor dos Céus e da Terra! A promessa de ter um filho não era só de Abraão, caso contrário, Ismael estaria dentro dos limites. Sara, também estava contida na promessa de gerar filhos e ser a mãe de nações e de reis. As mesmas promessa foram dadas aos dois e reconhecer isso é uma alegria. Quando na Nova Aliança, vem o reconhecimento de que em Cristo não há diferença e nem acepção de pessoas, Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa(Gl 3.28,28), é uma maravilhosa confirmação de que Deus faz todas as coisas justas, equilibradas e são os humanos que inventam suas condições que acabam baixando o nível do projeto original de Deus. Como Deus não muda, as bênçãos de Deus ainda são para toda a família, de todos que são chamados. É Deus quem muda as nossas histórias, nos dá um novo nome e reescreve o roteiro para que o futuro seja de vitórias e conquistas, para os irmãos e as irmãs. Creia nisso!

 

Senhor, Criador de todos nós, e aquele que pode mudar as nossas vidas e nossas histórias além das conveniências dos homens. Obrigado por construir sobre a base de famílias e de herdeiros que se sucedem sempre na bênção do Senhor. Em nome de Jesus, amém.

 

Pr Jason

Faça o que você quiser

Meditação do dia 09/08/2018

E disse Abrão a Sarai: Eis que tua serva está na tua mão; faze-lhe o que bom é aos teus olhos. E afligiu-a Sarai, e ela fugiu de sua face.”  (Gn 16.6)

Faça o que você quiser – Estamos diante de outra entre tantas situações que a idéia central da nossa meditação poderia ser Abraão e não Sarai. Mas vou manter a trilha porque desejo lidar com as questões familiares e decisórias que ocorrem diariamente nos lares de milhares de pessoas e igualmente nos lares cristãos. Ainda que hoje tenhamos uma mentalidade mais voltada para a parceria e a divisão de tarefas e responsabilidades, acontece que não é anormal vemos importantes decisões sendo deixadas sobre os ombros de um dos cônjuges, para decidir sozinho e valer por toda a família. Aquele conceito patriarcal da antiguidade que fazemos questão de dizer que “naqueles tempos” era o homem que mandava e desmandava e a esposa só dizia sim, sim e não tinha oportunidade e nem vez. Salomão discordava disso e disse que “não a nada novo debaixo do céu e tudo que é, também já foi e aquilo que há de vir, também foi em tempos passados.” (Ec 3.15 nas minhas palavras). Vimos que Sarai ficou chateada com o deboche da serva e veio reclamar com Abraão para que ele desse um jeito e botasse as coisas nos seus devidos lugares e ele ao que parece, disse: “Isso é coisa mulher e tem à ver com gravidez, enjoos, pirraça e tudo mais, resolva você mesma e o que fizer para mim tá bom, querida!” Ou seja, ele pulou fora e deixou a batata quente na mão da esposa. Agora quero dizer sobre uma linha de pensamento, que nos é familiar na Bíblia e na verdade é o que regulamenta o procedimento cristão em termos de conduta e testemunho cristão. Sarai agiu de forma legal e dentro dos limites permitidos naquele tempo e não estou dizendo que foi certo ou errado, espiritual ou carnal e nem tampouco temos procuração para tal. Mas contextualizando o acontecido lá atrás, com o que é esperado de nós hoje, como servos de Deus, consagrados à Cristo e comprometidos com um reino diferenciado das leis e culturas dos homens, vamos dizer que temos responsabilidade de agir de modo diferente do que Sarai agiu. Desde os dias de Jesus Cristo aqui na terra e seguindo os ensinamentos apostólicos, o padrão cristão, não oferece margem para uma irmã, afligir, torturar, maltratar uma empregada, servidora ou prestadora de serviço. Não estamos pensando em leis trabalhistas, aspectos jurídicos e coisas parecidas. O valor e a dignidade que Deus atribui às pessoas, faz com que no reino de Deus e estamos pensando na igreja, como Embaixada do Reino, tal comportamento é inaceitável. Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo; Não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus; Servindo de boa vontade como ao Senhor, e não como aos homens. Sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre. E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu, e que para com ele não há acepção de pessoas” (Ef 6.5-9). Lá podia e agora não? Não se trata de de lá e cá, antigo e moderno; Vivemos na era da graça e temos mais luz, mais conhecimento de Deus, da sua vontade, do seu caráter e ainda somos a própria morada de Deus em Espírito para nos guiar em toda a verdade. Não se julga e nem avalia ações e palavras dentro de um contexto humano com tão grande distancia cronológica e cultural. Uma irmã do século 21 não pode se medir com Sarai que viveu a mais de quatro mil anos e fazer uso de artifícios para sacramentar comportamento e especialmente atitudes ruins. Sarai, tanto quanto eu e você e qualquer um, prestará conta diante do Senhor pelos atos pessoais e Deus vai honrar e premiar o esforço de fé e piedade de quem faz o melhor para glória dele.

Senhor, desejamos aprender e copiar atos de bondade e de fé e evitar aquilo que à luz do Evangelho que conhecemos hoje, não agrada ao Senhor e nem dignifica as pessoas que foram criadas à tua imagem e são amadas, aceitas e acolhidas por ti. Jesus sim é um modelo perfeito e que pode ser imitado e copiado na íntegra. Em nome dele é que oramos pedindo sabedoria para  darmos um bom exemplo e um testemunho que guia pessoas para mais perto de ti, amém.

Pr Jason

Ninguém mete a Colher

Meditação do dia 08/08/2018

Então disse Sarai a Abrão: Meu agravo seja sobre ti; minha serva pus eu em teu regaço; vendo ela agora que concebeu, sou menosprezada aos seus olhos; o Senhor julgue entre mim e ti.”  (Gn 16.5)

Ninguém mete a colher – Algo até divertido e edificante é prestar atenção nos personagens bíblicos e ver suas crises e carências e chegarmos à conclusão de que desde que o mundo é mundo, os problemas só mudam de endereço e data, mas ainda são os mesmos. Não foi à toa que o sábio Salomão disse que não há nada novo debaixo do céu. Aqui em nossas lidas familiares, dizemos que em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher; e eis que estamos vendo Sarai e Abrão numa “DR” (discutir a relação) séria e a irmã quer que o marido dê um jeito de resolver um agu de caroço que os dois criaram. Quero que apreciem a meditação e façam bom proveito para crescerem e aprenderem a lidar com situações complexas que não aceitam soluções simplistas. Outra coisa que devemos prestar atenção é no fato de que ter família e ter discussões em família e questões para resolver, não desqualifica ninguém para servir a Deus e muito menos ser ministro e obreiro cristão. Nosso pai da fé e sua digníssima esposa, que são ícones para nós e modelos de fé e caminhar com Deus também sobreviveram aos dilemas e questões domésticas. Quando qualquer um de nós, como foram com os personagens bíblicos cometemos erros, deslizes e até caímos em situações embaraçosas, simplesmente comprova o que Deus criou e teimamos em não levar em conta: somos humanos, somos falhos e temos carências e mesmo assim Deus nos ama, nos chama e nos capacita a servir a ele e ao corpo de Cristo. Quem criou o casamento, a família e os relacionamentos foi o Senhor Deus, o amigo de Abraão, a quem ele chamava de Altíssimo, o possuidor dos céus e da terra. Acredito que eu e muita gente boa, gostaria que as linhas dessa história contivesse as respostas para a solução definitiva que Abrão teve e como ele e a esposa se saíram dessa enrascada; mas não sei se você já notou, mas parece que Deus não apareceu com uma solução pronta e certa e nem ao menos se apressou a interferir na situação em benefício de um ou de outro. Crescemos com as dificuldades e aprendemos muito ao lidar com a adversidade e especialmente quando somos parte do problemas e Deus entende que então devemos também ser parte da solução. Sarai foi criativa e engenhosa para contornar o problema da esterilidade pessoal e agora teria que ser criativa para resolver uma questão que parecia um efeito colateral inesperado para ela. Ser livre para tomar decisões é uma bênção, mas decisões trazem consequências e para estas não temos liberdade de escolha; temos que assumir as responsabilidades.

Senhor, sabemos do final dessa história e como Abrão e Sarai cumpriram seus papeis e com louvor; mas no momento as coisas eram mais sérias. Dá-nos sabedoria para vivermos bem como família e lidarmos com as questões que são passageiras, mas se não agirmos no tempo e na maneira certa, pode afetar o tempo e a eternidade nas nossas experiências. Obrigado pela ajuda através do Espírito Santo. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Sarai sentiu o Desprezo

Meditação do dia 07/08/2018

E ele possuiu a Agar, e ela concebeu; e vendo ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos.”  (Gn 16.4)

Sarai sentiu o desprezo – Usando os mesmos pesos e mesmas medidas, afirmo que não gosto de ser desprezado e concluo que as outras pessoas também não gostam. Então quando leio esse texto das Escrituras e vejo a situação de Sarai me ponho a refletir em quão desagradável é passar por uma situação em que não se tem armas suficientes para lutar e sair sem ser atingido. Precisamos fazer justiça, que Sarai procurou confusão com as próprias mãos, ao envolver Agar, uma escrava estrangeira numa situação de intimidade e de relevância espiritual tão grande. Mas como não temos como saber como as coisas vão se suceder no futuro até que esse futuro chegue, temos que então conviver com os resultados de nossas decisões. Imaginando que Agar fosse uma jovem, nova, inexperiente na vida, imatura e sem habilidades de ética e bons modos sociais, mas sabedora que a sua senhora, embora fosse uma mulher rica, poderosa, linda a ponto de ser cobiçada até for faraó o rei do Egito; mas com uma fragilidade muito grande – estéril! Agora, de certa forma, Sarai queria se valer da escrava para conceber por ela e quando isso se concretizou, a escrava se viu em uma enorme vantagem sobre ela. Sarai tinha tudo, mas não tinha nada, já que não podia conceber; Agar não tinha nada, nem mesmo direito sobre sua vida e sua intimidade pessoal, mas tinha tudo, por não só podia gerar filhos, como estava grávida. O que poderia unir as duas e fazerem delas as maiores amigas e compartilharem juntas em comum o que cada uma tinha de melhor; na verdade as afastou diametralmente uma da outra à tal ponto das relações se desintegrarem totalmente. Fico imaginando a serva esnobando a senhora, se negando a servir “porque estou grávida!!” ou se ostentando como dizemos, insinuando para a patroa que está “enjoada,” “com desejos…” exibindo a barriga, acariciando-a na frente da senhora, só para provocar e irritar…. “Ah! Estou sentido… desculpe senhora Sarai, me esqueci que a senhora não sabe o que isso, né?” Olha, anos mais tarde, o rei Salomão disse o seguinte: Por três coisas se alvoroça a terra; e por quatro que não pode suportar: Pelo servo, quando reina; e pelo tolo, quando vive na fartura; pela mulher odiosa, quando é casada; e pela serva, quando fica herdeira da sua senhora” (Pv 30.21-23). Salomão categorizou como uma coisa insuportável, acima de algo que transtorna o mundo – uma serva que se torna herdeira de sua senhora. Quero deixar aqui o meu registro de que não responsabilizo e nem inocento a serva de Sarai, e nem a própria Sarai. Cada um tem que responder e assumir suas cotas de responsabilidades e aprender a lidar com as consequências dos próprios atos. A Bíblia e os registros sagrados não imputam nada à Agar, e o consenso é que Abrão e Sarai se valeram de suas condições e impuseram uma situação em busca de uma solução que vieram a saber depois que só Deus faria, e no tempo e no modo dele. Fazer a corda quebrar do lado mais fraco, é muito fácil, mas nem sempre é a verdade verdadeira e nem é a solução ideal para alguém que se coloca como pessoa de Deus. Cuidado com abuso de poder, imposição autoritária disfarçada de espiritualidade. A verdade é sempre a melhor solução e é libertadora.

 

Pai amado, para nós hoje, queremos andar na verdade e sem desviar nem para a direita e nem para a esquerda e não desejamos oprimir e nem impor sobre outros as nossas vontades. Reconhecemos um só Senhor e um só Deus; todos os demais somos irmãos e estamos a teu serviço. Oramos por humildade e submissão à tua vontade. Em nome de Jesus, amém.

 

Pr Jason

Sarai e Agar

Meditação do dia 06/08/2018

 “Ora Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos, e ele tinha uma serva egípcia, cujo nome era Agar.”  (Gn 16.1)

Sarai e Agar – Já ouvi um provérbio popular, que dizia: “Quer conhecer o Inácio, ponha-o no palácio.” A verdade moral por trás dessa sabedoria é que uma pessoa muda de comportamento quando adquire uma posição de poder ou autoridade. Essas mudanças nem sempre são para o bem, pois o orgulho, a arrogância e a presunção de que é melhor ou mais capaz que as demais, pode levar à ruína. Entre as muitas propriedades de Abrão e Sarai, estavam pessoas de serviços, escravos; e uma dessas pessoas era uma egípcia, quem sabe, até dada de presente pelo faraó, na última estadia deles lá. Parece que a patroa teve uma brilhante idéia, mas a serva não tinha como se defender ou dizer não a tais planos e mas provavelmente ela poderia tirar algum proveito da situação. Pensando dentro do contexto da época, Agar teria que que se submeter a qualquer tipo de ordem que recebesse de seus senhores, ainda que isso atentasse contra sua vida ou integridade moral e física. Além de que as questões culturais sobre concubinato, e etc. tinha certos aspectos legais ou pelo menos aceitos e praticados. Sarai, entendeu que através da serva, ela poderia vir a ter um filho, já que a propriedade dela sobre Agar lhe daria direito de propriedade sobre os filhos dela. Caso o filho da serva fosse então com o seu Senhor (Abrão) seria apenas uma questão de legitimar a criança, já havia o consentimento de ambos. Aplicando espiritualmente isso era na verdade uma forma humana, racional de resolver uma questão espiritual na qual Deus e sua promessa estavam envolvidos e Abrão e Sarai, entraram em acordo entre si, mas não entre eles e Deus. Não é porque duas pessoas adultas, responsáveis e de livre e espontânea vontade decidem fazer algo que isso se torna certo, ou ganha o direito de legitimidade divina. As formas como os homens olham para as questões espirituais e fazem suas deduções, nem sempre são tão espirituais como suas intenções. Ali, o que aconteceu foi que o relacionamento entre as duas nunca mais foi o mesmo. Podemos aceitar que a serva se tornou prepotente e passou a menosprezar a sua senhora, que se sentiu no direito de agir energicamente para corrigir e resolver as diferenças. Como sabemos sobre o peso cultural sobre os ombros de uma mulher que não gerava filhos, e Sarai vendo a serva egípcia engravidando na primeira tentativa; só isso já valia um sentimento de menosprezo, quer a serva agisse assim ou não. A oração teria sido um recurso melhor antes de uma decisão tão importante, que precisa ser levado em conta ainda hoje, por irmãs, e irmãos que juntos decidem sobre suas vidas e se isso envolver outras pessoas também, maior ainda a responsabilidade.

 

Senhor, não permita que um grande e legítimo desejo, amparado por uma promessa, se transforme em tristeza e quebra de relacionamentos, por não te consultar em tempo. Guie-nos em todo tempo, em nome de Jesus, amém.

 

Pr Jason

Qual o Preço da Bênção?

Meditação do dia 05/08/2018

 E fez bem a Abrão por amor dela; e ele teve ovelhas, vacas, jumentos, servos e servas, jumentas e camelos. Feriu, porém, o Senhor a Faraó e a sua casa, com grandes pragas, por causa de Sarai, mulher de Abrão.”  (Gn 12.16,17)

 Qual o preço da Bênção? – A procura imediata de quem está com dor ou aflição é buscar o alívio. Mas todas as decisões tem suas consequências e consequentemente suas responsabilidades. Ao meditarmos nas ações que aconteceram com nosso casal de patriarcas, isso nos leva à reflexões de como precisamos ser cautelosos e responsáveis em nossas relações sociais e com as questões da vida e ministério. Abrão queria segurança e boa acolhida numa terra estranha e expôs a sua esposa a uma situação crítica que poderia ter desfechos sérios. Contando com a provisão de Deus para dar livramento e proteção, ao final tudo deu certo e voltaram para casa sãos e salvos. Mas e as consequências para outras vidas que nem foram registradas aqui? Quando alguém busca meios para conseguir benefícios e vantagens, ainda que sejam “bênçãos e vitórias” é preciso considerar que existe outro lado da questão. Quem são as pessoas e ou grupos que sofreram e o que sofreram para que tenhamos chegado nesse ponto? A conversa oficial que Abrão contou para Faraó, era que Sarai era sua irmã e assim o monarca estava se envolvendo com uma mulher livre e por sua “generosidade real” as bênçãos faraônicas vieram para os currais, fazendas e os bolsos do “cunhado.” Mas aquilo que era bênção e fartura e presentes para Abrão, tinha um preço que alguém estava pagando, pois o faraó e sua casa foram feridos com grandes pragas. Eu não gosto de pragas, nem grandes e nem pequenas! Não vemos pragas como sendo algo desejável para qualquer pessoa e especialmente alguém que está acreditando em nós e na nossa palavra. Enquanto alguém contava a pilha de moedas e registrava o aumento das cabeças do seu rebanho, alguém estava refém numa casa estranha, amaldiçoada e cheia de pragas advindas por causa de uma atitude que tanto Abrão, quanto Sarai sabiam a razão. Aquelas próprias pessoas, tidas como cegas espiritualmente e que não conheciam e nem temiam a Deus, tiveram discernimento que todos aqueles males que os assolavam era devido a uma tomada de decisão errada e que envolvia questões espirituais sérias. Certamente Faraó, tinha o hábito de ter o que quisesse, quando quisesse e dentro das suas condições; mas ele viu que mesmo para se envolver com a mulher mais bonita e formosa que ele já vira, não valia pagar o preço de ter sua casa cheia de pragas e a mão de Deus pesando sobre ele e outras pessoas que nada tinha à ver com aquilo. Será que para Abrão conseguir algumas cabeças de gado, presentes e ser socialmente aceito, valia tudo, até sacrificar vidas e expor pessoas ao sofrimento? Qual é o custo daquilo que dizemos ser nossa bênção? No mundo dos negócios e empresarial existe uma máxima muito repetida: “Não existe almoço grátis!” Se alguém está dando de graça, desconto generoso, promoção, brinde etc. Alguém está pagando essa conta. Se alguém não está fazendo nada, alguém está trabalhando dobrado. Se alguém está lucrando demais, alguém está pagando muito ou perdendo nos negócios. Nos caminhos espirituais e ministeriais também vale a lei da semeadura: aquilo que semeamos, isso colhemos. Se não estamos colhendo é porque em algum lugar deixamos de semear. Se estamos colhendo abundantemente sem termos semeados, pode ter certeza que estamos na propriedade errada ou apropriando-nos daquilo que por direito não nos pertence. Qual o preço pago por Sarai, para que Abraão se abastasse? Pensando em família, alguém está sendo sacrificado em demasia para que outros só colham os louros? Os filhos estão sendo sacrificados pelo sucesso dos pais? Na igreja, quem paga o preço e quem recebe as honras? E nos outros âmbitos da vida? Vamos refletir, pode ser que nem tudo que parece bênção ou prosperidade ou crescimento, seja de fato digno de nossa admiração.

 

Senhor, que nossas escolhas sejam justificadas por um caráter parecido com o do Senhor Jesus. Que nossas bênçãos e prosperidade advenha de fontes lícitas, abençoadas e que tenham um rastro de boas para os outros também. Em nome de Jesus, amém.

 

Pr Jason

 

Errata: Referencia meditação dia 03/08/18 = Gn 12.11

Sarai e o Ministério do Marido

Meditação do dia 04/08/2018

 E será que, quando os egípcios te virem, dirão: Esta é sua mulher. E matar-me-ão a mim, e a ti te guardarão em vida. Dize, peço-te, que és minha irmã, para que me vá bem por tua causa, e que viva a minha alma por amor de ti.”  (Gn 12.12,13)

 Sarai e o ministério do marido – Essa meditação bem que poderia ter sido escrita sobre a pessoa de Abraão, pois se trata de uma fala e de uma proposta dele, numa situação onde aparentemente ele é o protagonista. Mas também entendo ser de muita valia pensar no ministério auxiliar das esposas, mães, irmãs e das inúmeras mulheres valentes que estão no campo de trabalho da seara do Senhor, algumas em campos missionários pioneiros, ou tão rústicos e arriscados, que muitos varões não se atrevem. Sabemos que grande parte da obra missionária no mundo todo e em todos os tempos, sempre teve um forte impacto e relevância por causa da presença das mulheres. Temos que tirar o chapéu para elas e fazer reverencia a coragem, destemor e entrega sem reservas nas mãos de Deus. Até entre outros grupos de fé, elas se destacam. Então aqui vai a minha meditação e homenagem todas vocês, na bênção e no temor do Senhor. Digamos que Abrão e Sarai estariam inaugurando o passaporte deles agora como missionários do Deus Altíssimo. Eles receberam o chamado, foram confirmados, tiveram as primeiras lições preparativas e estavam agora tendo a primeira experiência no campo missionário no exterior; deixaram a palestina, a sua terra, que adotaram como suas por promessa e estavam indo para uma temporada de serviço e testemunho no Egito. Na Bíblia, sempre o Egito foi uma figura do que é o “mundo sem Deus” – da vida sem Cristo, regida pelo pecado (Faraó), e onde os prazeres e escravidão num ilusório mundo desenvolvido e socialmente conveniente. Lá tem beleza, poder, riqueza, oportunidade, atrativos e toda sorte de sedução para satisfazer todas as ambições desmedidas e onde tudo é permitido. Para um cristão após a salvação e as experiências de comunhão e adoração verdadeiras ter que voltar agora como representante de Deus e de sua fé, é sempre um choque e pode ser até assustador. Agora ver que aquilo que o atraía era na verdade forças malignas, espirituais e opressoras. Abrão sentiu o impacto já na chegada e no seu íntimo instalou-se uma insegurança e até temeu pela sua integridade física. Quando o medo ou uma forte pressão emocional se abate sobre alguém, ela procura refúgio em recursos racionais e humanos que lhe são razoáveis e permite uma lógica naquela situação. Adão culpou Eva, que culpou a serpente, que já tinha caído fora. Aqui Abrão refugiou-se emocionalmente em Sarai, que serviria para atenuar u possível atentado contra o casal de forasteiros, mas especialmente ele. Ela sendo bonita e graciosa, poderia servir de moeda de troca e assim salvariam a pele de ambos e depois a gente vê como ficam as coisas. Amados, não estou culpando Abrão e nem transferindo responsabilidade sobre ele; lembrem pressão sobre Pedro na noite da prisão de Jesus, quando ele tinha jurado ser fiel ainda que custasse sua vida? Mais do nunca precisamos nos ater a grande verdade espiritual: Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar (1 Co 10.13). também Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.(Ef 6.11,12) e acrescento ainda Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas (2 Co 10.3,4). O elo que estou fazendo aqui, entre o acontecido lá com Abrão e Sara no Egito e acontecimentos contemporâneos, é batalhas espirituais não podem ser vencidas com argumentos, estratégias e armações da inteligência humana. Arranjos trazem conforto e soluções paliativas para situações complexas e de peso espiritual de resultados eternos. As armas, devem ser espirituais, bem preparadas e poderosas em Deus e utilizadas com sabedoria espiritual, discernimento e poder do Espírito Santo. Muitos ministérios pastorais são bem sucedidos e o ungidão é bem visto e elogiado, mas na verdade, quem resolve as paradas internas, emocionais e são as esposas em casa, quando os chamam na responsabilidade, os aconselham e os trazem a sensatez e até os obrigam a se acalmar e só depois tomarem decisões para o bem do rebanho e da obra de Deus. É comum estarmos sem saber o que fazer, sem norte e as irmãos no silencio das orações e intercessões nos direcionarem e nos ajudarem a não sermos destruídos por inimigos e armadilhas. Os homens não muito práticos, técnicos e objetivos, mas as mulheres são equilíbrio e direção, as auxiliadoras idôneas, que no fundo salvam a nossa pele. É isso que veja aqui em Sarai, pagando um preço por amor ao marido e à missão de servir a Deus ali naquela situação. Deus abençoe vocês, de coração!

 

Senhor Deus e Pai, obrigado pelo ministério auxiliar dessas esposas e mulheres levantadas por ti, como guerreiras destemidas, cheias de fé e coragem para desafiar reis e gigantes pela causa que elas amam, mesmo sendo o chamado dos maridos, filhos ou colegas de ministério. Sarai representa todas elas e fica a lição de quão preciosa e a ajuda e a parceria de alguém sensata e pode ver as coisas do ponto de vista diferente, mas viável e abençoador. Obrigado pelo ministério das mulheres em nossas igrejas, missões e liderança em todos os níveis. Eu faço essa oração por elas, abençoando-as com toda sorte de bênçãos em nome de Jesus, como reconhecimento da graça do Senhor na vida delas para nos abençoarem como mães, esposas e irmãos na fé e na jornada da fé; em nome de Jesus, amém.

 

Pr Jason

Elogio do Marido

Meditação do dia 03/08/2018

 E aconteceu que, chegando ele para entrar no Egito, disse a Sarai, sua mulher: Ora, bem sei que és mulher formosa à vista;  (Gn 11.30)

 Elogio do marido – Entre as demandas femininas, pelo menos no que tange as mulheres casadas, elas esperam sempre uma palavra de elogio dos maridos; e em alguns casos, se ele não vem ou não vem conforme esperado, a terra treme! Por outro lado, quando os elogios aparecem espontâneos de mais, elas ficam espertas e já sabem que tem armação, ou alguma coisa vem por aí! Acho que isso também deve ter começado lá no Éden e passou pelo dilúvio e perdura até hoje, pois em Guararapes, pode se observar exemplares disso. Sarai foi com a família, passar uma temporada no Egito e logo ao chegar, ela foi abordada pelo maridão, com um baita elogio “…Ora, bem sei que és mulher formosa à vista…” Não se tratava apenas de uma constatação por parte de Abrão e uma tentativa de deixa-la confortável ou melhorar sua autoestima; subentendido estava um pedido de socorro, de alguém que tinha que lidar com uma situação nova e que lhe trouxe insegurança. Acredito que Sarai, de fato deveria ser bonita e não apenas bonita, mas extremamente bonita. Leio nas entrelinhas, que são poucas situações em que as Escrituras registram adjetivos de beleza física, de forma à qualificar a pessoa dentro de um contexto importante. Outros registros são das filhas de Jó (Jó 42.14,15); Rebeca, esposa de Isaque (Gn 24.16); Raquel, esposa de Jacó (Gn 29.17); Parece que mulher bonita era “mal de família” entre esses hebreus! Abisague, uma jovem sunamita, que serviu ao rei Davi (I Rs1.3,4); Tamar, filha de Davi, irmã de Absalão (2 Sm 13.1) e a mais famosa das famosas que foi a rainha Ester, que ganhou um concurso de Miss no império (Et 2.7,9). Pode ser que me haja escapado alguém, mas tudo bem. Quando tento exagerar em minha expectativa sobre a formosura de Sarai, é devidos outros registros que a colocam numa condição de despertar interesses, mesmo já próximo dos noventa anos de idade; então teria que ser algo bem acima da média, até para os padrões daquela época. Aquela descendente de Sarai, muitos anos pela frente, descrita pelo rei Salomão, em Provérbios, como “a mulher sábia” faz um registro de que “Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa sim será louvada” (Pv 31.30); está apresentando um ponto de equilíbrio entre a beleza física e a graça na vida de uma mulher devotada e comprometida com os propósitos de Deus. Ao contemplarmos toda a vasta criação, percebemos que o Criador não economizou em beleza em todas as instancias e para todos estilos que procurarmos. Ele não só tem um bom gosto pela beleza, como sabe distribui-la harmoniosamente. Mais importante ainda é que até isso, está diretamente ligado aos eternos propósitos de abençoar e redimir a humanidade. Na sua economia, Deus colocou cada coisa e cada detalhe no lugar certo para cumprir um propósito especial. Saber que cada atributo nosso está ligado a uma porta e ou oportunidade de honrar e glorificar a Deus é importante para que a pessoa não se encha de orgulho e aproprie inadequadamente de um dom de Deus e o transforme em instrumento do pecado e à serviço do mal. As mulheres cristãs são abençoadas em tudo e até sua beleza física é um bem, um patrimônio confiado por Deus e sobre o qual terão que prestar contas. Cremos que nossos corpos são templos do Espírito Santo, moradas de Deus, comprados por altíssimo preço e que esses mesmos corpos serão ressuscitados e os que estiverem vivos serão transformados na volta do Senhor e que tudo isso exige responsabilidade no uso e na conservação, de forma que agrade primeiramente a Deus. “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (I Co 6.19,20).

Senhor, Criador e sustentador de todas as nossas vidas. Fomos criados para o louvor da tua glória e ao fazer-nos à tua imagem e semelhança nos confere valor, dignidade, honra e glória como pessoas, e isso está muito além do físico e aparente. Fomos salvos, redimidos por completo, espírito, alma e corpo como instrumentos de glorificação ao Deus criador. O mundo e o pecado querem tirar proveito e desvirtuar aquilo que deve ser unicamente teu, permita que os teus filhos e filhas tenham discernimentos específicos e vivam plenamente para adoração e louvor do teu nome e entendam o que é fugir dos desejos carnais que combatem contra a alma. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Sarai Foi Estéril

Meditação do dia 02/08/2018

 E Sarai foi estéril, não tinha filhos.  (Gn 11.30)

 Sarai foi estéril – Convencionamos através do marketing que a primeira impressão é a que fica. A vida tem demonstrado às centenas e milhares de vezes, que essa idéia não é um fato empírico. Quantos enganos e danos já foram causados pela ação com base na primeira impressão. Quando pensamos em esterilidade a visão primária é mais negativa do que positiva. Os cristãos por terem uma cultura criacionista e enraizada no gênesis, onde tudo começou, não gostamos de esterilidade, porque contraria o propósito do Criador. O homem foi criado e abençoado para crescer e se multiplicar, gerando filhos e descendência grande e duradoura; e alguém estéril nesse meio, vai de encontro a corrente principal. Quero também aqui colocar que não podemos pensar numa posição de ver a vida de Sarai, com a ótica de uma mulher do século 21, num contexto social onde os valores estão longe das veredas antigas de Deus. O conceito de ter filhos hoje, é quase como uma atividade recreativa, na qual a pessoa dá atenção depois de todos os demais valores estabelecidos, como estudo, formação, profissão, estabilidade, renda alta, casa própria, etc e tal, então um filho é uma forma de complementar a felicidade e a realização pessoal com maternidade/paternidade. Ter muitos filhos era uma necessidade de primeiro grau, para tudo naquela sociedade. O mundo estava sendo colonizado, as famílias iniciavam seus projetos e dalí que viriam as tribos, os povos e as nações. A própria história de Abraão é uma história de uma nação futura, que precisa ser formada e fundamentada em determinadas bases. Uma mulher estéril naquela sociedade sofria muito, porque destoava dos sonhos de todas elas e como sabemos, a sociedade nunca é complacente com quem lhe contraria. Do ponto de vista espiritual, entendemos perfeitamente bem, que a linhagem santa, da qual viria o futuro redentor, sofreria ataques para interrupção e quando não pudesse, a corrupção e a degradação eram instrumentos válidos. Deus tinha planos grandes envolvendo Abrão e a oposição começou muito cedo. Amados, desde que o mundo é mundo, existe uma grande batalha travada nas regiões celestes entre a luz e as trevas, o bem e o mal, ou seja, Deus e suas hostes recebem embates dos principados e potestades das trevas na tentativa de impedir a obra da redenção, que restaura os planos originais do Criador. Na prática, sabemos que o ladrão vem para roubar, matar e destruir, conforme as palavras de Jesus em João dez. As armas dessa guerra podem ser ações diretas do próprio Diabo, as pessoas, que podem ser manipuladas e enganadas por ele e sua equipe, bem como a natureza em si. Assim como o Senhor nosso Deus, providencia tudo de que o homem necessita para viver nesse planeta, incluindo o próprio universo e suas leis que regulam todas as coisas ao nosso redor; assim também o mal, lança mão de tudo o que puder para reverter em mal e destruir os objetivos divinos. Mas nada e ninguém pode impedir os sonhos e os planos de Deus. A Bíblia está repleta de situações em que mulheres estéreis, viraram o jogo e tiveram filhos que fizeram a diferença nos seus dias. Se a história de Sarai aparece com a marca inicial de que ela era estéril, o final da sua vida e da história, é bem diferente, e ainda que ela teve um único filho, foi o suficiente para que os propósitos estabelecidos por Deus se cumprissem. Famílias, igrejas, ministérios que surgem ou tenham uma marca inicial que apontaria para o insucesso, podem ser revertidos pelo poder de Deus. Histórias são reescritas todos os dias, por vidas colocadas no altar e lá permanecem até serem plenamente consumidas e serem aceitas como cheiro suave diante da face de Deus. Não se deve aceitar uma marca, uma pecha, sem que tenhamos uma batalha diante de Deus. O que o Senhor diz é fato e é definitivo! Todas as outras situações podem ser revertidas. Porque para Deus nada é impossível (Lc 1.37).

 

Senhor, obrigado por chamar pessoas para cumprirem papeis relevantes nos teus planos e operar em suas vidas para que se estabeleça que tu és Deus acima de todas as coisas. Pessoas trazem marcas e cicatrizes de suas vidas, e uma nova história pode ser escrita quando se aproximam de ti. O Senhor é um Deus de promessas, de milagres e grandes feitos. Oramos por vidas que querem uma nova história, agora na bênção do Pai. Em nome de Jesus, amém.

 

Pr Jason

O Nome dela era Sarai

Meditação do dia 01/08/2018

 E tomaram Abrão e Naor mulheres para si: o nome da mulher de Abrão era Sarai, e o nome da mulher de Naor era Milca, filha de Harã, pai de Milca e pai de Iscá.”  (Gn 11.29)

 O Nome dela era Sarai – Me sinto honrado pela graça do Senhor em escrever uma meditação com o propósito de edificar espiritualmente a vida de pessoas que amam a Palavra do Senhor e ali procuram alimento, conforto e consolo. Também ao meditarmos nas palavras sagradas, encontramos referencias dignas de exemplo para servir de parâmetros para nossa jornada de fé. Ao me propor o desafio de escrever sobre personagens da Bíblia, estou em busca de inspiração para o meu dia a dia e também compartilho isso com amados de diversos lugares que apreciam aprender com uma narrativa, que embora singela, sem rebuscamentos literários ou teológicos, busca um posto de vista criativo para ter como modelo. Todos os cristãos, admiram a pessoa de Sarai e sua história, ainda que ela seja uma grande coadjuvante na história de Abraão e como dizem os brasileiros: “Por  trás de todo grande homem, sempre tem uma grande mulher!” Verdade seja dita, ela foi nos seus dias, e ainda é de fato uma grande personalidade, para quem tiramos o chapéu e nos reverenciamos. Não costumo tentar ver os textos antigos, como se fossem atuais, pois historicamente isso não dá certo; mas contextualizar as experiências pode ser um recurso para entender as situações pelas quais ela viveu naqueles tempos distantes e mesmo sem ter nossas parafernalhas tecnológicas e engenhocas que “facilitam a vida da dona de casa,” ela viveu os seus dias, como sendo os seus dias e construiu uma história que inspira mulheres por gerações seguidas e pela eternidade. Já ouvi uma história, sem poder precisar a veracidade, mas como se trata de lições da vida, não oferece risco a integridade da pessoa ser ou não verdadeira. Mas diz, que em uma situação um repórter perguntou à Sra. Einstein se ela compreendia as complicadas teorias do seu marido; ao que ele respondeu que não, mas compreendia o marido. Sarai não seria diferente! O astro da companhia era o patriarca, os holofotes eram todos para ele, afinal era o homem amigo de Deus, o homem da fé e etc. Mas tal qual todos os maridos e homens importantes, eles tem seus momentos de privacidade, intimidade e é daí que vem os recursos e a força para que sejam e façam aquilo que lhes é esperado. Sarai (até onde sei e aceito ajuda e correção) é a única mulher descrita sua história na Bíblia que tem sua idade mencionada e não deve ser sem uma boa razão. Não sabemos com que idade se casou, mas quanto aparece uma referencia, ela estaria com sessenta e cinco anos, praticamente na a metade de sua vida terrena. Ela deixou sua terra e cidade natal para acompanhar a jornada da família, por uma herança prometida. Sarai seguia as pisadas do esposo e foi consorte em todas as promessas e alianças que Deus celebrou com eles. Tem capítulos que ela enfrentou situações difíceis, embaraçosas e até perigosas, confiando e obedecendo as idéias do marido e mesmo que ele tenha agido fora dos caminhos da fé, Deus corrigiu os fatos, mas isso não anula o que deve ter sido as experiências nas cortes de Faraó no Egito e de Abimeleque entre os filisteus. Ela era uma mulher forte, determinada e alinhada com o que Abraão disse; mas ainda assim, era uma pessoa como qualquer de nossas irmãs, precisou da graça e da sabedoria dos céus para transformar uma aflição em experiência da manifestação do poder transformador de Deus, agindo num cenário antagônico e resistente a fé. O que não está escrito ou registrado, pode ser deduzido e concluído de como ela se entregou à oração e a confiança que o Deus Todo Poderoso, seria mais do que suficiente para tirá-la sem segurança. Muitas das nossas irmãs sabem na pele, que quando Deus não nos livra de um problema, ainda assim, ele anda conosco durante o problema e nos salva no problema. Sarai, teve seus dias de princesa, ainda que momentos difíceis no palácio, mas ela soube se portar e sair da situação com a elegância e graciosidade de um verdadeira princesa.

Senhor, ao lembrar a nossa irmã Sarai nos seus dias, lembramos diante de ti as nossas amadas irmãs, que pela fé e determinação de fazerem a diferença, muitas delas estão expostas a riscos e perigos, entre lugares e ministérios que a obediência as tem levado. Oramos por elas e pedimos pela integridade e sabedoria dos céus em seus corações, e autoridade do teu Espírito Santo para prevalecerem contra tudo que contraria as tuas promessas. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason