Meditação do dia 10/01/2019 

“Então chamou Abimeleque a Isaque, e disse: Eis que na verdade é tua mulher; como pois disseste: É minha irmã? E disse-lhe Isaque: Porque eu dizia: Para que eu porventura não morra por causa dela.”  (Gn 26.9)

 Medo da Morte – “E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão” (Hb 2.15). Normalmente quando se fala em morte, alguns já morrem de medo de morrer e outros preferem evitar o assunto à qualquer custo. Outros se apegam à suas crenças ou filosofias de vida, que não ajudam muito, mas protelam até o último dia e aí, salve-se quem puder. Esse texto de Hebreus me trouxe alguma luz adicional ao que entendia e a compreensão de verdades importantes, se juntam para assumir o controle de fato da vida das pessoas. Aqui não é apenas a questão de morrer fisicamente, ou espiritualmente, porque são as vias principais. A grande questão é quando se mexe com os medos, que são tão mortais quanto a própria morte e escravizam de tal forma que chantageia e oprime levando a pessoa a uma condição de escravidão. Pensemos por exemplo no medo da morte da reputação. A pessoa sujeita a essa tragédia, fará qualquer coisa ao seu alcance para evitar perder sua condição e isso pode levar até a praticar quebra de princípios morais e éticos que ela defende; a pessoa pode renegar a fé e até se comprometer com padrões de comportamento completamente alheios a suas escolhas. Quando um casal, por exemplo tem uma das famosas DR (discutir a relação); e acertam determinados parâmetros, para serem seguidos e quando um, deles o que normalmente estava mais falho, se vê numa situação em que irá violar a palavra dada ao cônjuge, ele já começa a projetar em sua mente, maquinações mentirosas ou não verdadeiras, para ao encontrar o outro ter uma justificativa do porque não cumpriu a sua palavra. Na sua mente, ao ver que irá violar o trato, ele já diz: “ela vai matar!” “estou morto dessa vez!” Esse medo leva cristãos a violar a consciência e não confessar pecados praticados e conhecidos, porque ele teme ser rejeitado e destruído pela comunidade. A mente carnal, maquina desculpas e mecanismos de justificar para si mesmo que tudo vai ficar bem e isso é preferível a uma confissão e correção. Quero lembrar aos amados, que o Espírito Santo jamais acusa e condena ninguém! Ministério de acusação é do diabo, vem dos infernos. O trabalho do Espírito de Deus é convencer e ele o faz com sua voz mansa e suave, levando a pessoa a confiar na graça de Deus e no poder do sangue de Jesus para perdoar e purificar dos pecados. Ele atrai o coração da pessoa para a comunhão e a andar na luz, porque esse é o caminho de Deus. A mente carnal vai estar sugestionada pela voz de acusação que vem do inimigo da alma, que acusa e empurra a pessoa para um beco sem saída de desespero e vergonha; apontando que todos a irão desprezar e envergonhar e que ela mesma conhece outras pessoas daquele círculo de relacionamentos, que faz pior do que ela e está tudo bem. O diabo induz a pessoa a tomar a decisão afastar da luz e da verdade, pois isso facilita a queda. Esse medo de morrer emocional, escraviza e angustia. Nas Palavras de Paulo, é assim: “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte.” (2 Co 7.10). Isaque, já naquele tempo jurássico, se viu enredado emocionalmente com a possibilidade de sua esposa vir a ser requisitada pela corte ou por alguém disposto a mata-lo por isso. E só com a idéia ele já armou uma maquinação, se passando por irmãos, mentindo e levando-a a mentir e quem sabe, levando até os servos e empregados a fazer a mesma coisa. Pastores e obreiros, podem ser vítimas desse mesmo modo, por medo de perder o pastorado local, alguém querer dividir o ministério, alguém se apresentar melhor, a igreja gostar mais de alguém mais dinâmico, fluente, eloquente ou melhor preparado e por medo e ciúme arquitetar saídas para “não morrer.” Somos de Deus e Ele cuidará de nós. Fazemos o certo, porque é certo, sempre. Não se deixe arrastar pela areia movediça emocional. O remédio ideal é o amor; em doses generosas. “No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor” (I Jo 4.18).

Senhor, obrigado pelo teu amor. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Meditação do dia 09/01/2019 

“Ora, depois que ele se demorara ali muito tempo, Abimeleque, rei dos filisteus, olhou por uma janela, e viu e eis que Isaque estava brincando com Rebeca sua mulher.”  (Gn 26.8)

 A Janela Indiscreta – Quem tem vizinho curioso, precisa tomar mais cuidado com seus movimentos para não ser surpreendido com indiscrição. Foi bem isso que aconteceu com Isaque e Rebeca, que pelas entrelinhas percebe-se que deveriam estar acampados bem próximos do palácio do rei filisteu o suficiente para ver pela janela os movimentos da casa ou tenda de Isaque. O rei, provável descendente do antecessor que havia confiscado Sara para ser parte de seu harém e que pagou caro por isso; esse não quis fazer uso de sua autoridade real, mas parece que não acreditou muito na história de eles eram apenas irmãos, afinal essa história já era antiga. Então, o que ele fez foi observar e esperar com paciência até que algo desse uma real garantia de uma das versões. Finalmente ele deduziu pelos laços afetivos e a forma carinhosa que o casal se tratava, ele deduziu o óbvio. O que podemos colher de bom e edificante para nossa vida hoje, é a importância do bom testemunho de vida que damos, porque percebendo ou não, as pessoas à nossa volta está sempre nos observando e não apenas por observar, mas para conferir se aquilo que falamos é de fato coerente com o que vivemos. O mundo ao nosso redor não quer compromisso com a nossa fé, nem com o nosso Deus e muito menos com nosso estilo e padrão de vida e conduta. Eles admiram, elogiam ou criticam, mas é algo que eles não se comprometem. Mas aí de nós se pisarmos na bola! Eles sabem como os cristãos são e devem se comportar e exigem isso. Aos Efésios Paulo escreveu: “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência; entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também” (Ef 2.1-3). Uma das etapas da vida de Isaque, era anunciar o amor do Deus único e verdadeiro, a quem seu pai servira e dera testemunho naquelas terras e perante aqueles reis. Agora era a sua geração e a sua oportunidade. Como advogamos em favor da família e das gerações, “os pais são responsáveis pelos filhos e uma geração é responsável pela próxima geração.” O argumento de Isaque foi o mesmo que seu pai lançara mão: Medo de ser morto e a esposa ser tomada. Teoricamente o risco existia como costume dos reis daqueles tempos; mas eles tinham uma aliança com Deus que lhes garantia proteção e segurança, mas se valeram inicialmente dos recursos mundanos e humanos antes de pedirem ajuda de Deus. O que pode ser visto em nossa vida e família à partir da janela das pessoas ao nosso redor? O mundo, o pecado e tudo que tem lá, pode produzir influencia em nossa vidas e relacionamentos, de tal maneira que depois teremos que dar explicações?

Senhor, queremos manter um testemunho em alto nível de tal forma que o teu nome e a tua Palavra confirmem aquilo que pregamos e vivemos. Sabemos que estamos aqui para ser sal e luz e como seremos observados pelo mundo à nossa volta. Pedimos proteção e segurança, para andarmos em fé e confiança em ti. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Meditação do dia 08/01/2019 

“E perguntando-lhe os homens daquele lugar acerca de sua mulher, disse: É minha irmã; porque temia dizer: É minha mulher; para que porventura (dizia ele) não me matem os homens daquele lugar por amor de Rebeca; porque era formosa à vista.”  (Gn 26.7)

 É Minha Irmã – Eu já vi esse filme e agora estamos diante do episódio III da saga dos peregrinos de Canaã. Abraão e Sara protagonizaram os episódios I e II da trilogia e aqui está Isaque com o roteiro do mesmo filme. Amados, o pior erro da vida é aquele do qual nada aprendemos. Alguns advogam que aprendemos com os erros que cometemos ao longo da vida; mas com certeza a vida não é tão longa à ponto de termos tempo para aprender tudo na base das tentativas de erro e acerto. Precisamos remir o tempo, aprendendo também com os erros dos outros e com a sabedoria de Deus nos capacitando a fazer uso da inteligência e do discernimento, para alcançarmos corações sábios e ganharmos tempo. Como seres humanos, podemos acumular experiências e ensinos e assim uma geração passa um legado para as outras, de forma que não precisemos começar tudo do zero em cada geração. A Palavra de Deus é uma fonte de sabedoria e de conhecimento altamente confiável e de características eternas. Seus ensinamentos por princípios não vencem, não caducam e não precisam de reformas ou emendas. “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mt 24.35). “Para sempre, ó Senhor, a tua palavra permanece no céu” (Sl 119.89). Não creio que eu seja melhor, mais santo ou não faria o mesmo que Isaque e também sei que cada pessoa tem seus pontos fracos, nos quais precisa vigiar mais e se valer de ajuda e mecanismos de prevenção e cuidados pastorais, como um amigo prestador de contas, um discipulador e ou alguém com quem conversar sobre intimidades sem se sentir ameaçado ou negar verdades que acabarão por produzir falhas na armadura. Isaque foi um homem de Deus e de grande intimidade com o Senhor e mesmo assim, caiu em armadilhas da vida emocional ao tirar conclusões pensando o que os outros estariam pensando dele e agindo como se o quadro já fosse verdade. Tiago, na sua carta, diz que Elias, e por extensão, todos os santos do passado, eram homens sujeitos às mesmas paixões que nós… então orar e vigiar faz bem a nós e precisamos estar ligados e diante do trono da graça com humildade para não incorrermos em erros e pecados que nossa fé condena e já é conhecido de todos nós e também conhecedores dos mecanismos de proteção. Cuide-se! Cuidemos-nos.

Senhor, obrigado por nos restaurar e caminhar conosco mesmo quando falhamos e comprometemos o teu santo nome e o testemunho do teu grande amor e graça para conosco. Obrigado pela atuação do Espírito Santo para nos fazer arrepender e buscar ajuda. O senhor sempre estará certo e justos são os teus juízos. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Meditação do dia 07/01/2019 

“Assim habitou Isaque em Gerar.”  (Gn 26.6)

 Assim é que se faz – Sempre que passo por esse texto, tenho uma tempestade de ideias sobre como as coisas aconteceram e fico pensando em como era o contexto de Isaque agindo contra a corrente de pensamento e de ações. Todas as situações e circunstancias conspiravam para uma direção e a sensatez também dizia que qualquer fazendeiro com um pouco de juízo na cabeça deveria fazer. Mas Isque estava indo na contramão do sistema. Todos nós sabemos que fazer escolhas públicas e notórias contra todo o sistema ao nosso redor é difícil e sobrecarrega emocionalmente, porque a todo instante temos que estar prestando contas e dando explicações para pessoas que não tem nenhuma relação com os fatos e muito menos estão interessadas em nós ou nossas necessidades. O nome disso é tomar posição sozinho. Isso está ligado à maturidade e capacidade de decisão baseado em convicção interior à despeito do que os demais pensa. Na prática isso é muito comum e constantemente deparamos com essas questões. Os pais precisam estar sempre orientando os filhos cristãos quanto ao procedimento social e escolar por exemplo. Eles chegam em casa com certas ideias e temos que dizer a eles sobre a nossa fé, nossa ética e moral e que temos escolhas diferentes dos demais e que estaremos os apoiando e que devem fazer o que é certo, porque é certo e não porque é mais fácil, lucrativo ou os deixam mais populares. Quando as pessoas cristãs ou não, tomam decisões porque não querem ficar mal na fita, ou ser “o único” de todo o grupo que não aceitou, isso leva a viver em conflito interior e perda da personalidade própria e consequentemente fica refém de fatores externos. Olha o caos na sociedade em nosso redor? A moral, a ética, a solidariedade, o respeito às leis e autoridades, o consumismo, tirar proveito em benefício próprio, apropriação indevida, tudo isso virou febre endêmica, até parece que isso é o normal. Ser honesto, correto, respeitoso, cumprir a palavra, honrar compromissos é se passar por esquisito ou até virar celebridade, por devolver o que se encontrou, ajudar alguém sem interesse ocultos. Isaque entre tantas alternativas e tantos caminhos possíveis tomou a decisão de ficar, contra todas as adversidades, porque, posso acreditar, foi o único que ouvir a Deus. É provável que até funcionários e servos dele se opuseram a ficar porque era irracional e isso poderia leva-los à morte. Não me surpreenderia se muitos deles não tentaram desertar, se demitir ou pedir para serem liberados. Costumo dizer que que minha democracia está baseada no fato de Deus estar comigo, porque assim ele já é metade do quórum, então eu e o Senhor já somos metade mais um, isso é suficiente para vitória por maioria simples. Nos evangelhos encontramos muitas lições sobre tomar posição sozinhos e vimos isso na vida inteira de Jesus em seu ministério entre nós. Tomar posição sozinho revela caráter forte e bem trabalhado, demonstra fé, obediência e coragem para ficar do lado certo, mesmo que isso traga riscos e prejuízos à imagem.

Pai, graças te rendemos, por todas as lições que a vida nos permite ter e com elas aprendermos a tomar posição ao lado daquele que tudo sabe e tudo pode. Ninguém há como o Senhor nosso Deus! Para crescermos e herdarmos todas as tuas promessas, há lições significativas que precisamos aprender e passar por elas. Obrigado por nos guiar pelo caminho da verdade, justiça e retidão, mesmo que isso conflite com os interesses de outros ao nosso redor. Amar a ti de todo o coração e fazer a tua vontade nos coloca em uma condição privilegiada e a paz interior vai nos guiar em cada passo. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Meditação do dia 06/01/2019 

“Peregrina nesta terra, e serei contigo e te abençoarei; porque a ti, e aos que descenderem de ti, darei todas estas terras, e confirmarei o juramento que fiz a Abraão teu pai;”  (Gn 26.3)

 A diferença que faz a diferença – Nos meus idos dias de seminarista, aprendíamos conceitos em forma de frases de efeito que por serem bonitas e bem feitas, fixavam no nosso pensamento e assim as carregamos por muitos anos até que de fato alcançamos maturidade para experimentá-las; aí sim, vieram a fazer sentido. Umas dessas, é que “a obediência precede a revelação.” Deus conhece o nosso coração melhor que nós mesmos e sabe muito bem que ali é um canteiro apropriado para plantar sementes. Como agricultor experiente, ele lança as ementes e aguarda pacientemente até o tempo dela germinar, crescer e produzir os devidos frutos. Conhecemos muito bem esses princípios através da parábola do semeador (Mt 13 e Mc 4). Uma predisposição a aprender e a seguir instruções é muito importante para o crescimento espiritual; precisamos ser ensináveis, maleáveis para sermos moldados pelo Senhor. Deus poderia completar qualquer obra e realizar qualquer missão através de nós, em questão de horas ou dias, mas a maior parte do tempo, ele o ocupa em nos treinar e nos colocar em condições de sermos instrumentos qualificados para um momento muito apropriado. Mais do que um atleta que passa anos se preparando para uma olimpíada e as vezes fracassa na última prova das seletivas, e o faz por um detalhe mínimo; então terá que passar por outro ciclo de quatro anos, agora com muito mais afinco e determinação, porque um detalhe pode fazer toda a diferença. Deus trabalhou por muitos anos na vida de Abraão e desde que nasceu, por setenta e cinco anos Isaque acompanhou seu pai e sua vida de comunhão e intimidade com Deus. Agora, ele não tinha mais o sábio e experiente patriarca para lhe ajudar a interpretar a vontade de Deus, teria que agir pela fé e aprender a discernir e obedecer por experiência própria. Nada melhor para começar os treinamentos do que um crise gerando fome e escassez na terra. Os marinheiros afirmam que mar calmo não faz bons marinheiros; os carreiros do interior do Brasil dizem que “é apertado que o carro canta!” (uma alusão aos bons tempos dos transportes em carros de bois). A revelação de Deus à Isaque era de que ele poderia ficar naquela terra, aquele mesma terra em crise; porque o Senhor estaria com ele e o faria prosperar, para cumprir os juramentos das alianças feitas com Abraão, agora ratificadas com ele e acrescido das promessas estendidas aos seus descendentes. A diferença que faria toda a diferença seria Deus mesmo. Eu creio, porque vi isso na vida de Abraão, aqui na vida de Isaque e tenho visto na vida de filhos de Deus ao meu redor em todos esses anos de caminhada com Deus. Morei e trabalhei perto do leste mineiro, onde há cidades em metade da população foi embora para América do Norte em busca de vida melhor, devido aos problemas brasileiros. Moro atualmente numa região no interior de paulista onde muita gente vai para o Japão em busca de melhora. Posso lhes afirmar que já vi todo tipo de resultados, desde prosperidade financeira e fracasso na fé, até conversão e consagração a Deus e falências múltiplas após abastança de recursos, até morte como indigentes e ou familiares aqui fazerem esforços enormes para repatriar fracassados e perdidos. Nesses mesmos espaços de tempo e lugares, pessoas que ficaram e lutaram com fé e muita determinação, prosperaram mais do os que foram. Deus é a diferença em nossa vida, sempre. Sem a bênção de Deus todo lugar é lugar de crise! Com a presença do Senhor, todo lugar que pisar a planta do pé será nosso.

Obrigado Pai, pois é a tua presença em nossas vidas que faz a diferença e traz a paz de espírito e teu favor em tudo que fazemos. A tua graça e bondade é que prospera os passos dos filhos da fé. Somos gratos pelo teu cuidado e proteção alcançados em Cristo Jesus, que é o centro da tua vontade. Em nome dele, amém..

Pr Jason

Meditação do dia 05/01/2019 

“E apareceu-lhe o senhor e disse: Não desças ao Egito; habita na terra que eu te disser;”  (Gn 26.2)

 Deus se revela – Dentro de um contexto de crise e na busca por solucionar os principais problemas, aparece um fator muito importante que é a comunhão com Deus. Uma vida religiosa é diferente de uma vida de comunhão e adoração. Uma surge do dever e a outra do prazer da companhia. Lançar mão dos recursos da fé faz toda a diferença, para quem se acostuma a depender do poder e graça divina. Como sempre coloquei para vocês nessas meditações, o cultivo desse relacionamento é voluntário e particular. Segue as regras dos bons relacionamentos, com regras e regulamentos informais de uma boa amizade. Os encontros não são necessariamente agendados e determinados, mas antes, são encontros provocados pela alegria e contentamento de estar juntos. Não há formalidade e nem obrigações senão aquelas impostas pela natureza de proporcionar alegria ao coração do outro. Humanamente falando, é uma relação um tanto desigual, pois Deus é o Todo-Poderoso, o Criador dos céus e da terra, como dizia Abraão: “O Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra.” Ele é simplesmente Deus, o Único e Verdadeiro Deus. Do outro lado, está o homem, bem, nem é preciso nomear uma lista de adjetivos que o qualifica; pois eu sou um, você também e estamos rodeados deles por todos os lados e conhecemos na própria pele a condição dessas criaturas. Também não precisamos ir para o outro extremo, arrasando com o pobre coitado. Somos o que somos, mais por questão de escolhas do que de origem. Essencialmente o homem foi criado perfeito, santo e inocente, dotado de muitos dons e habilidades, com recursos infinitos à sua disposição e colocado num lugar de fato aprazível para crescer, desenvolver-se e multiplicar. Mas…. veio o pecado e o resto é história. Mesmo assim, ainda somos amados, aceitos e objetos do amor de Deus que fez o maior projeto para nos contemplar com a salvação e a restauração a um estado de glória e comunhão, que está em pleno andamento e sendo o ponto principal, o sacrifício de Cristo na cruz. Estou falando e escrevendo isso, porque sempre enfrentaremos dificuldades e crises, e sempre estaremos procurando respostas e soluções. Quem cultiva uma boa vida devocional, como era o caso de Isaque, ainda que esteja na mesma situação que os demais, essa pessoa vai desfrutar de ajuda e direção que o torna diferenciado dos demais. Não há na Palavra de Deus, uma garantia de proteção que isenta os filhos de Deus de serem atingidos e molestados pelos dilemas que são comuns a todos; mas há sim, promessas e palavras poderosas de Deus e alianças firmes que tornam essas pessoas bem sucedidas mesmo quando diz o contrário. Ali, na palestina em Crise, todos seguiam numa mesma direção e todos recomendavam fazer o que era sensato e Isaque iria fazer a mesma coisa, quando Deus então se revelou a ele e disse para sair, não ir para o Egito, mas permanecer na terra que Deus iria lhe mostrar. Essa é a revelação que faz diferença! Para ouvir a voz de Deus, orientando pessoalmente uma pessoa, quando todos os sinais e maneiras de agir indicam exatamente o contrário, é necessário saber no coração que é de fato, a voz de Deus. Aprender a ouvir e discernir essa voz em meio ao vendaval e vozerio racional do dia a dia, faz toda a diferença. Não começar a buscar a Deus fervorosamente e com muita dedicação, quando a crise está alta, mas é fruto de comunhão, iniciada, mantida e sustentada em tempos de paz e sossego. Buscar a Deus de todo o coração não precisa ser só no desespero, mas na comunhão, amor e compromisso com a sua fé.

Senhor, graças te damos, porque da tua parte não há crises e nem momentos difíceis, pois tu és Deus em cima nos céus e embaixo na terra. Tu és soberano sobre tudo e sobre todos. Obrigado por nos aceitar na santa e graciosa presença, em Cristo, por Cristo e para Cristo. No nome de quem oramos e adoramos, amém.

Pr Jason

Meditação do dia 04/01/2019 

“E havia fome na terra, além da primeira fome, que foi nos dias de Abraão; por isso foi Isaque a Abimeleque, rei dos filisteus, em Gerar.”  (Gn 26.1)

 Havia Fome na Terra – Estamos saindo de um grande crise no Brasil, não apenas financeira, mas política, moral e de credibilidade. Mas isso não é exclusividade nossa e muito menos coisa da era moderna e pós moderna. Desde que o mundo é mundo e as pessoas vivem em sociedade, surgem-se crises das mais variadas origens e motivos e sempre o homem conseguiu adaptar-se e sair delas e continuar sua jornada. Nos dias de Abraão houve crises e elas o forçaram a imigrar e produziu experiências nas quais Deus lhe ensinou muita coisa. Agora é a vez de Isaque aprender a lidar com situações que estão completamente fora da sua capacidade de controle e mesmo assim, teria que lidar com ela. Quando pensamos em crises no tempo de Abraão, no tempo de Isaque, podemos deduzir que há também as crises dos dias do Jason, do José, da Maria e de todos nós. Muito provavelmente, essa crise dos dias de Isaque, fora uma ausência prolongada de chuvas. Com uma grande parte da população vivendo da vida pastoril e um pouco de agricultura, está altamente vulnerável se faltar chuvas. Veja bem, com uma pequena mexida em um fator climático, a vida de muitas pessoas se transformam radicalmente em questões de poucos dias. Isaque fez o que a razão diz que deve ser feito; procurou um lugar conhecido, perto de pessoas conhecidas para se estabelecer e enfrentar aqueles momentos difíceis. Estou pensando nas iniciativas que todos tomamos diante de situações que já vimos ou ouvimos ou participamos ainda que indiretamente, como quando somos crianças e nossa família enfrenta situações difíceis e não é raro nossos pais tentar nos poupar, como se percebêssemos o que se passa ao nosso redor. Isaque ficou sabendo por seu próprio pai, pois isso fora antes do seu nascimento. O ser humano tem a capacidade de acumular conhecimento e assim não precisar aprender ou ensinar as mesmas habilidades a cada geração, como acontece com os animais. Replicar ações que deram certo no passado é a primeira tentativa de lidar com situações difíceis. Espiritualmente, isso não é regra, pois cada pessoa tem sua história e sua individualidade e os propósitos divinos são personalizados, sem falar que cada pessoa reage de modo singular às situações da vida. “O mesmo sol que amolece a cera, também endurece o barro.” Lidar com crises, na vida cristã exige fé e determinação de obediência à vontade revelada de Deus.

Obrigado, Senhor por cuidar de nós em tempos difíceis e conceda-nos a graça de vermos a tua mão nos guiando, para que nossas emoções não nos arraste para um tremedal de areia movediço de incredulidade e dúvidas. Fomos chamados para prevalecer e superar em todos os tempos. Obrigado pela ajuda, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Meditação do dia 03/01/2019 

“E amava Isaque a Esaú, porque a caça era de seu gosto, mas Rebeca amava a Jacó.”  (Gn 25.28)

 Afinidades – Por razões que desconfio que até a razão desconhece, os filhos nascem com certas afinidades herdadas dos pais e isso deixam os progenitores cheios de orgulho e até podem facilitar relacionamentos e desfrutarem de bons momentos juntos. Nada demais, nada estranho. Mas as afinidades não produzem apenas coisas boas ou neutras. Elas produzem rivalidades, e crises entre os filhos e quando não bem administradas, trazem à tona, preferencias de um filho em detrimento de outros. Eu, e grande parte dos pastores e ministros que lidam com aconselhamento e acompanhamento de pessoas que chegam as nossas igrejas e gabinetes em busca de ajuda, sabem que isso causa danos muito difíceis de serem reparados. Via de regra, quem está dentro do problema não o vê com a ótica adequada e em muitos casos, nem admitem tal existência, até que sejam confrontados com provas cabais. Se não forem pais quebrantados e piedosos, vão lançar mão da negação e transferência de responsabilidades. Mas isso não ajuda muito. Como disse a poucos dias numa outra meditação, os problemas quando descobertos precisam ser diagnosticados e então buscar a solução e as respostas. Coisa linda nas Escrituras é que elas não escondem nenhum aspecto da vida das pessoas que compõem seus registros; sejam eles grandes, ou anônimos, ela relata fielmente os passos e os traços de personalidades de cada um, sem omitir as falhas e os pecados, mesmo quando esses são grotescos. O livro que mais valoriza a santidade e verdade faz isso integralmente sem perder sua pureza e inspiração, exatamente porque o seu assunto principal é Jesus Cristo e o plano de redenção. Jesus e a Palavra são exatamente a mesma coisa, pois ele é o Logos encarnado. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.1-4,14). É justamente por isso que encontramos os registros das pisadas de bola de muita gente boa. É exatamente isso que nos torna humanos, falhos, pecadores e necessitados da redenção que nos é oferecido em Cristo Jesus. Ele veio buscar e salvar os perdidos, então para ser candidato a salvação, o requisito principal é ser um pecador, e estar consciente de que está perdido. Hoje não vamos falar em pecados e redenção, mas valer nos do registro de o nosso amigo Isaque, vencedor em fé e oração até que viesse a sua bênção em forma de dois filhos e como todos os filhos de todas as épocas, uns sempre são diferentes dos outros e ainda que sejam gêmeos, como Esaú e Jacó, apresentam traços muito distintos e aqui surge a nossa história de hoje. Esaú, gostava de caça, característica herdada do pai e que provavelmente também agradava o vovô Abraão. Jacó era do tipo caseiro e desenvolveu habilidades domésticas que agradava a mãe e que lhe servia de companhia. Até aí, nada errado; mas esses gostos e preferencias geraram afinidades entre eles e os pais e parece isso se fortaleceu o suficiente para ser registrado como “alguém amava fulano porque… e alguém amava sicrano porque…” Como é a sua história? Quem era o queridinho do papai ou da mamãe? Quem levava todas as duras, estando certo ou errado? Quem era protegido, não importa o que tivesse acontecido? E pra tirar nota dez: Como os irmãos reagiam? Nem me conte! Gostaria que trabalhássemos para corrigir possíveis descobertas, e acertar o que se fizer necessário.

Senhor, obrigado por nos dar os filhos como grandes presentes e os teus planos são bons e grandes para todos eles. Queremos ser instrumentos de transferência da tua bênção e confirmar o teu propósito de identidade e destino para nossos filhos. Precisamos da tua graça, sabedoria e discernimento para sermos bênçãos na vida de nossos filhos e revelar a eles o teu caráter santo. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Meditação do dia 02/01/2019 

“E depois saiu o seu irmão, agarrada sua mão ao calcanhar de Esaú; por isso se chamou o seu nome Jacó. E era Isaque da idade de sessenta anos quando os gerou.”  (Gn 25.26)

 Isaque agora é pai – Depois de prevalecer em oração para vencer o obstáculo da infertilidade, a bênção de ser pai se materializou para Isaque e Rebeca. Aos sessenta anos de idade, comparativamente, bem antes que seu pai, que teve Ismael aos oitenta e seis e Isaque aos cem anos. Para ele também veio em dose dupla de uma só vez, pois Rebeca teve gêmeos. Estou pensando na saga desse patriarca, que batalhou por vinte anos em oração juntamente com a esposa, para chegarem nesse desfecho. Esse ano, chego aos sessenta anos, e embora haja um grande espaço entre nossas histórias, e não é apenas os costumes, a cultura oriental dele e a ocidental minha; a longevidade daqueles tempos e agora estamos novamente num movimento de maior potencial de vida, graças aos avanços nas áreas de saúde e alimentação. Provavelmente a vida de Isaque era mais dura do que as nossas na atualidade. Mas ele dependia da fé, tal qual eu e vocês. Ele tinha trabalho, ocupação e deveres, muito parecidos com todos nós hoje. Ele adorava a Deus e  o servia, com bem menos recursos do que nós. Todos os dias eu posso ler a história dele nas páginas da minha Bíblia, posso ver os preceitos de Deus e até mesmo os evangelhos com a revelação de Jesus Cristo, e o sacrifício definitivo na lá na cruz. Posso ir a uma reunião com centenas de adoradores, com instrumentos musicais, etc. Na Nova aliança, temos o Espírito Santo habitando em nós e nos guiando em toda a verdade, nos consolando e edificando em nós a vida de Cristo. Isaque não tinha acesso a muito de tudo isso que temos, mas ele era parte da história acontecendo. Ele conheceu a Deus pela fé e na intimidade como nós, ou até em grau mais íntimo. Ele era um pioneiro da fé. Estou feliz porque ele perseverou por vinte anos em oração buscando o cumprimento de uma promessa não só de paternidade, mas de uma herança espiritual que viria influenciar e abençoar a todas as famílias da terra. Para abençoar famílias, ele teria que ter a sua família e assim passar para uma próxima geração o seu legado de fé. Esse tipo de compromisso é que tem sustentado a transmissão dos propósitos do Senhor nosso Deus e do Evangelho de Cristo. Ao tomar nos braços aqueles gêmeos, ele estava tomando também a concretização da sua fé e a vitória sobre um adversário que se opõe aos planos de Deus. Isaque venceu a sua batalha. Agora eu tenho as minhas e você tem as suas e juntos temos as batalhas dos nossos dias, mas o Senhor pretende que todos alcancemos as vitórias e o ingrediente primordial é perseverar – em fé, em oração, em adoração e serviço por uma causa maior que nós mesmos. Não desista!

Pai, obrigado por sustentar a fé dos seus filhos e ajudar nos momentos difíceis, para nossos olhos não saiam da tua Palavra para nossas limitações. Tu és fiel, ainda que a minha realidade esteja dizendo o contrário. O Senhor é Deus grande e misericordioso para com todos que em ti confiam. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Meditação do dia 1º/01/2019 

 “E Isaque orou insistentemente ao Senhor por sua mulher, porquanto era estéril; e o Senhor ouviu as suas orações, e Rebeca sua mulher concebeu.”  (Gn 25.20)

 Isaque Prevalece em Oração – Amados, graça e paz da parte do nosso Senhor Jesus Cristo. Ao nosso Deus e Pai, rendemos graças e louvores por nossas vidas estarem aqui disponíveis para iniciar mais um ano, na força do Senhor. Ao Espírito Santo, o nosso Consolador que nos assiste em todos os momentos e nos habilita a permanecermos fiéis nos propósitos divinos. A Deus, toda glória e honra, em todos os tempos. Obrigado por mais um começo de ano e especialmente por estar em condições de escrever e meditar de forma compartilhada com tantos amigos e irmãos, que anseiam por uma vida mais profunda de comunhão e proximidade com Deus; desses, somos companheiros de jornada e vamos apoiar uns aos outros, até chegarmos na presença do nosso Deus, como a nossa fé nos ensina. Vamos ficar firmes e fazer de 2019 uma oportunidade de prevalecermos e conquistar tudo aquilo que está determinado para cada um de nós. Felicidades a todos e aos seus familiares e comunidade de fé. Recebam o meu fraterno abraço, em nome de Jesus. Já que meditação é o nosso carro chefe, isso agrega valor aos demais exercícios da fé e piedade que todo cristão cultiva e trabalha para aprimorar; assim começamos essa etapa 2019 meditando na vida de oração de Isaque. Quando descobrimos um problema ou dificuldade, a sensatez nos manda examinar e diagnosticar com precisão do que se trata, para então partir para ações definitivas que venham a produzir respostas satisfatórias e soluções permanentes. Isso vale para saúde, negócios, família, igreja e ministérios. Apareceu um problema, diagnostica logo o que é, as causas e busca-se as soluções. Mas é fato que o ser humano, é admirador de soluções simplistas para problemas complexos; em outras palavras: cambalacho; improvisação, gambiarra, vale a lei do menor esforço; deixa como está para ver como é que fica. Espiritualmente falando isso é tão desastroso quando em qualquer outra área da vida; tudo que é mal feito, de forma relaxada, displicente, relapsa, vai desabar em ruínas e prejuízos com toda certeza. Na vida de oração, precisa-se de eficiência, tanto quanto de fidelidade, intensidade, fervor, reverencia, objetividade, santidade e humildade. Oração não pode ser tratado como corrida de taxi, que quanto maior a duração, maior o valor a ser pago por um recebido por outro. A oração não pode render méritos ou créditos e não rende! Não importa quantas hora, dias ou campanhas de oração se faz. O que conta é quantas orações são efetivas, são respondidas e atendidas. Eficiencia. Resultados. É claro que isso é fruto de relacionamentos e crescimento diante de Deus. Nessa jornada, é para baixo que se sobe; é diminuindo que se cresce; é humilhando que se é exaltado; é inclinando e se curvando, que se levanta. Mais é menos e menos é mais; quanto mais importante e famoso, mais anônimo se torna; maiores são menores e pequenos são gigantes. É difícil entender isso, e aprender então?! Isaque diagnosticou que sua linda esposa era estéril, tal qual sua mãe. Ele era um milagre de carne e osso, fruto da fé e perseverança dos pais, que venceram por 1 X 0 no finalzinho. Agora era a sua vez de começar sua jornada diante do promessa de ser uma grande nação. Agora não tinha outra alternativa senão orar e orar até materializar aquilo que era realidade no mundo espiritual, tal como fora para Abraão e Sara. Isaque foi atrás do seu milagre. Essa espero ser a nossa primeira lição de 2019. Diagnosticar a situação e partir para a oração, com eficiência e fé. Deus ouviu as orações de Isaque e ouvirá as nossas. Amém?

 

Pai, obrigado por ouvir as nossas orações e nos ajudar a discernir a tua boa, agradável e perfeita vontade, para sermos mais que vencedores em 2019 e daqui para frente. Em nome de Jesus, amém.

 

Pr Jason