Deus de Alianças

Meditação do dia: 11/12/2021

E ouviu Deus o seu gemido, e lembrou-se Deus da sua aliança com Abraão, com Isaque, e com Jacó;(Êx 2.24)

Deus de Alianças – Alianças são pactos, não contratos! Contratos permitem distratos! Alianças são celebradas para durarem para sempre e não podem serem rompidas sem consequências graves para a parte infratora. Normalmente nos contratos se pressupõe garantias e obrigatoriedades de ambas as partes. Nas alianças o mais usual é haver símbolos e memoriais que mantenham sempre vivas os termos celebrados. A Bíblia se revela mais para alianças do que para contratos. Deus celebrou diversas alianças com pessoas e até com nações; alguns estudiosos que conveniaram catalogar as ações de Deus com a humanidade em termos de dispensações, numa totalização de sete, que é o número que simboliza a totalidade, completude; tudo o que é completo, pronto e finalizado, pode ser representado pelo número sete. Assim, incluíram também as alianças celebradas desde o início e agora vivemos nos tempos da Nova Aliança, celebrada por Cristo e na oficialização, ele a celebrou junto com a sua última ceia de páscoa na noite em que foi preso. Ali naquele jantar com seus discípulos ele instituiu a Ceia do Senhor como memorial da Nova Aliança, celebrada com base na sua morte expiatória na Cruz, com o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Naquela ocasião ele disse as seguintes palavras: “Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mt 26.26-28 ARA). Quando o nosso texto da meditação de hoje aponta que Deus ouviu o gemido e lembrou-se da aliança, é uma forma de linguagem humana, que descreve a condição difícil em que se encontravam os hebreus naquela escravidão no Egito. Deus sempre ouve, ouve tudo, pois sendo onisciente, não se espera que algo se lhe escape. Vamos dizer, que não ouvir para Deus é equivalente a “não dar ouvidos, não dar atenção” quando por exemplo as orações são egoístas e as petições são meros caprichos ou exercícios religiosos formais e não um diálogo de fé e comunhão. Assim, Deus não ouve e não responde. Lembrar-se também vem na mesma linha de interpretação, pois Deus não tem problemas de memória e possa esquecer alguma coisa. Em sua infinita sabedoria e administração, ele contemplara o tempo necessário para a maturação dos planos da formação da nação e sem uma pressão opressora da parte dos egípcios, seria muito apropriado que ele se acomodassem e se estabelecessem por ali mesmo, vivendo como súditos de Faraó e nem pensassem em assumir as responsabilidades de se tornarem uma nação. Como esteve próximo de acontecer na época do cativeiro babilônico. “No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número dos anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de cumprir-se as desolações de Jerusalém, era de setenta anos” (Dn 9.2). O despertar de Daniel para oração e jejum pela retorno de seu povo para a Terra Prometida, era como o relembrar de Deus da aliança com Abraão nos dias de Moisés. Era hora de agir e as coisas precisavam serem sacudidas para o povo se mexer. Em tempo algum nós, ou qualquer dos filhos é esquecido por Deus e ele jamais também deixa de lembrar dos termos da sua aliança celebrada conosco, garantida a redenção pelo sacrifício de Jesus. Não temos méritos, pois somos salvos pela graça através da fé em Jesus; mas os benefícios da aliança estão disponíveis a todos nós e podemos reivindica-los ousadamente em oração e fé.

Senhor, agradecemos de todo o nosso coração o alto investimento que fizestes em nossas vidas, resgatando-nos dos nossos próprios pecados que nos escravizavam e nos punham sob o jugo opressor do mundo, da carne e do Diabo; mas Jesus veio para desfazer tudo isso e rasgar o escrito de dívida que pesava contra nós. agora somos novas criaturas e nos alegramos nos teus feitos e queremos servir como forma de resposta de gratidão pelo teu amor. Oramos agradecidos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

O Clamor Que Chega a Deus

Meditação do dia: 10/12/2021

“E aconteceu, depois de muitos dias, que morrendo o rei do Egito, os filhos de Israel suspiraram por causa da servidão, e clamaram; e o seu clamor subiu a Deus por causa de sua servidão.” (Êx 2.23)

Clamor Que Chega a Deus – Estamos olhando a vida de Moisés e as múltiplas facetas que ladeiam a sua experiencia pessoal e familiar até chegar ao ponto de ser um homem útil ao projeto de Deus para a sua vida. Tal qual Moisés, eu e você também somos servos do mesmo Deus e Senhor; também acreditamos num propósito especial personalizado de Deus para nossas vidas. Aceitamos a vocação como um presente honroso da parte do Senhor e um privilégio poder servir onde e quando ele desejar, completando e complementando em parceria com outros tantos irmãos também igualmente chamados. Acreditamos numa obra de Deus nas vidas das pessoas e não nos vemos fora disso, muito pelo contrário, queremos valer-nos do testemunho disso para influenciar e abençoar os mais novos e recém chegados na esfera do serviço. Há três grandes obras de Deus na vida humana: A primeira é a obra que ele faz por nós, que é chamada de SALVAÇÃO. A segunda é a obra que ele faz em nós, que é chamada de SANTIFICAÇÃO; e a terceira que a obra que ele faz através de nós, que chamada de SERVIÇO. A ordem de acontecimento é essa mesma sequência, já que o passo inicial é a que torna a pessoa, filha de Deus, portanto herdeira e participante de sua natureza santa e começa a viver uma nova vida, com novos alvos, propósitos e destino. Na sequência, vem o trabalhar na condição da pessoa para que ela possa andar em estreita comunhão com Deus e poder representá-lo. Deus é santo e tudo que ele faz está impregnado dessa qualidade que lhe é essencial. Sabemos por exemplo que sem isso não há futuro. “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). O serviço no Reino de Deus segue um padrão de qualidade e excelência e embora Deus possa usar e utilizar tudo e qualquer um, ele prefere a companhia dos seus filhos, que voluntariamente se consagram a cuidar das coisas que são deles mesmos, afinal o reino é dos filhos e para os filhos que herdam tudo isso. “E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8.17). Não vamos aqui discutir uma teologia da oração no sentido de por que devemos orar, sobre o que orar e se realmente é necessário orar e pedir ou interceder, já que Deus conhece tudo, sabe tudo, vê tudo e pode tudo, sendo um pai amoroso e generoso. Acredito que a maioria dos nossos leitores já passaram dessa fase infantil e não estão mais na meninice espiritual, antes, estão procurando crescer e se alimentar com alimentos sólidos para pessoas amadurecidas e que pela prática tem exercitado suas habilidades de conhecimento e aprendido a aprender. Clamamos a Deus para expressar nossa necessidade e preocupação, seja conosco, seja com nossos irmãos ou os aspectos do trabalho sob nossa responsabilidade. “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças” (Fp 4.6). O mundo e as condições ao nosso redor estão em petição de miséria e isso está cada vez mais perto de nós e quando não em nosso meio também. “Levanta-te, clama de noite no princípio das vigias; derrama o teu coração como águas diante da presença do Senhor; levanta a ele as tuas mãos, pela vida de teus filhinhos, que desfalecem de fome à entrada de todas as ruas” (Lm 2.19). O Senhor Jesus, disse que deveríamos orar e pedir a Deus mais colaboradores para servir na imensa seara com poucos trabalhadores. “Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a sua seara (Mt 9.37,38). Ok, mas não apenas orar ou clamar é ter as orações e os clamores respondidos, atendidos; e para isso alguma atitude interior precisa estar presente na pessoa e é verdade. “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu Deus?” (Mq 6.8). Nossos patriarcas de Renovação Espiritual no Brasil era animados e estimulados por uma voz poderosa que pregava nos púlpitos e nos microfones de emissoras de rádio proclamando: “Muita oração, muito poder; pouca oração, pouco poder; nenhuma oração, nenhum poder!”

Senhor, obrigado por ouvir as orações e o clamor do teu povo a cada dia e suprir em Cristo Jesus cada uma das suas necessidades. Vivemos dias difíceis e desafiadores, mas sabemos que maior é aquele que está conosco do que aquele que está no mundo. Estamos aqui para cumprir uma missão e um propósito e com a tua graça alcançaremos a vitória e testemunharemos da tua gloriosa salvação em Cristo. Obrigado, pelo privilégio de servir e participar do teu projeto de abençoar todas as nações com as boas novas da salvação. Em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Clamaram

Meditação do dia: 09/12/2021

“E aconteceu, depois de muitos dias, que morrendo o rei do Egito, os filhos de Israel suspiraram por causa da servidão, e clamaram; e o seu clamor subiu a Deus por causa de sua servidão.” (Êx 2.23)

Clamaram – Um significado simples e claro da palavra clamar é “dizer em alta voz; gritar, bradar, exclamar.” Entre todas as variáveis possíveis do ato de clamar, provavelmente todas aludem a um contexto de sofrimento ou condição insatisfatória à ponto de levar a uma medida forte e contundente, que é o clamor. Ninguém clama quando as coisas estão bem e tudo seguindo cursos favoráveis. No contexto da fé, o clamor está diretamente ligado a oração intensa diante de uma situação desesperadora e a necessidade do socorro se faz urgente. Para o povo de Deus, clamar faz parte da nossa fé, não por reclamação, mas por uma busca sincera e comprometida com o resultado que se espera que Deus produza em favor dos seus filhos. O clamor é até incentivado e o povo instado a clamar como forma de reconhecimento de seus pecados e erros e precisarem desesperadamente da ajuda de Deus. Temos muitos textos clássicos nesse sentido: Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes (Jr 33.3). Deus é onisciente, sabe tudo e nós nem mesmos somos cientes, quem dera, fôssemos conscientes; mas deixando os trocadilhos de lado, precisamos desejar muito adquirir conhecimento, que de certa forma está oculto, mas que pode ser revelado, caso haja interesse de nossa parte. Se queremos tanto, à ponto de clamar a Deus por respostas, elas virão certamente. Ana, a mãe do profeta Samuel é um excelente exemplo de resposta de oração, sua angústia e humilhação de alma a fez prostrar-se diante de Deus e se derramar em oração e lágrimas por uma solução, e a resposta veio. Ela, pois, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente (1 Sm 1.10). O salmista transcreve sua condição e fala sobre seu clamor. “Das profundezas clamo a ti, Senhor. Escuta, Senhor, a minha voz; estejam alertas os teus ouvidos às minhas súplicas” (Sl 130.1,2); “E invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás” (Sl 50.15). No caso dos hebreus escravizados no Egito, eles tomaram a iniciativa de reagirem, não com rebelião, guerrilhas, violências ou terrorismo. Eles reconheceram que eram povo de Deus, que tinham uma aliança de bênçãos e promessas de terem sua própria terra e serem uma grande nação e que seu destino era ser bênção para todas as famílias da terra. Se conscientizaram que Deus estava interessado em cumprir suas promessas, mas eles teriam que desejar e desejar muito. Assim, o suspirar pela dureza da escravidão os levou a oração e clamor verdadeiro. Quem está disposto a clamar em voz volta por uma situação ruim, é porque abriu mão de sua condição de manter aquilo na intimidade e torna público o seu desespero e disposição de lutar pela mudança. Escrevendo à Timóteo, pastor da igreja de Éfeso, o apóstolo Paulo exorta-o a utilizar as práticas de orações vencedoras. “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; Pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade; Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2.1-4). Você tem motivos e razões para clamar a Deus?

Senhor, clamamos por ajuda e socorro em favor da vida da igreja de Cristo nesses dias  finais aqui na terra; reconhecemos que precisamos mais do que sobreviver, mas prevalecer sobre o mal e o pecado e darmos um bom testemunho para sermos de fato igreja de Cristo, sal e luz para esse mundo corrompido. Clamamos por revestimento de poder, para legitimamente utilizarmos a autoridade que nos foi conferido para atuarmos em nome do Reino de Deus e superarmos as forças do mal, salvando  vidas e transformando as condições ao nosso redor. Oramos e clamamos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Suspiro Pela Servidão

Meditação do dia: 08/12/2021

“E aconteceu, depois de muitos dias, que morrendo o rei do Egito, os filhos de Israel suspiraram por causa da servidão, e clamaram; e o seu clamor subiu a Deus por causa de sua servidão.” (Êx 2.23)

Suspiro Pela Servidão – Já ouviram falar sobre o elefante na sala? É uma metáfora para falar sobre problemas que incomodam muita gente mas que as pessoas diretamente afetadas não agem para solucionar. Alguém trouxe para casa um elefantinho muito bonitinho, engraçado e carente de cuidados; o colocaram dentro de casa e ali ele ficou e foi criado a ponto de não poder mais sair da sala porque não passava pelas portas. Como era manso e inofensivo como animal de estimação, ali ficou; mas incomodava e limitava as ações da família naquela sala. Não dava para comer, ver TV, conversar ou descansar ali, sem falar no mal cheiro e etc. Todos se sentiam incomodados, mas ninguém fazia nada. Um dia alguém perdeu a paciência e assumiu que hoje esse elefante sai da sala, mesmo que tenhamos que derrubar uma parede, e assim foi feito. Um dia alguém tem que se indignar e reagir contra a presença constante do mal, do erro ou das coisas que atrapalham e estão no lugar que não deve estar. Estamos falando de pecados na vida pessoal, na igreja, atitudes erradas como crimes e violência doméstica e familiar; abusos de toda e qualquer espécie; chantagens, maus tratos, injustiças e tudo o que você puder imaginar de ruim que se aloja e todos sabem que aquilo existe, está no lugar errado, ninguém aceita mas também não estão indignados o suficiente para dar um basta! Temos exemplos disso na história bíblica: O Sacerdote Eli tolerava o mal comportamento dos filhos: “Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial; não conheciam ao Senhor. Era, pois, muito grande o pecado destes moços perante o Senhor, porquanto os homens desprezavam a oferta do Senhor. Era, porém, Eli já muito velho, e ouvia tudo quanto seus filhos faziam a todo o Israel, e de como se deitavam com as mulheres que em bandos se ajuntavam à porta da tenda da congregação. E disse-lhes: Por que fazeis tais coisas? Pois ouço de todo este povo os vossos malefícios. Não, filhos meus, porque não é boa esta fama que ouço; fazeis transgredir o povo do Senhor” (2.12,17,22-24). Na continuidade do texto, Deus adverte esse velho pai que honra os filhos mais que a Deus e não teve pulso para corrigir e disciplinar, a ponto de perder os filhos para a morte num mesmo dia. O Rei Davi também foi muito tolerante com os filhos, que produziram muitas ações ruins como imoralidade, assassinato e tentativas de golpes para destronar o próprio pai. Na nossa meditação de hoje, vemos que os hebreus lá no antigo Egito, foram sendo oprimidos e maltratados, até que não suportavam mais e suspiraram e tomaram a iniciativa de clamar a Deus por libertação. Eles não gostavam de serem escravizados, mas se acomodaram com a servidão e o sofrimento. Para nós fica a lição sobre até quando iremos suportar o pecado, o erro, a escravidão a uma condição ruim de vida, iremos tolerar vícios e abusos. Somos filhos de Deus e fomos chamados para viver uma condição de vitória e bênçãos em todos os aspectos de nossas vidas. Acomodar-nos com menos do que isso é um pecado contra a nossa inteligência e contra a soberania de Deus, o nosso Senhor. Jesus ensinou que não podemos servir a dois senhores (Mt 6.24), então se já somos servos de Deus, fomos comprados e libertos por Cristo, não podemos aceitar outro tipo de senhor dominar-nos e escravizar-nos. Aqui sim, precisamos ser reacionários e dizer: Chega!

Senhor, foi para a liberdade que fomos comprados e aceitos por ti; não podemos concordar com a escravidão a nada e a ninguém, porque fomos comprados por um bom preço e somos propriedades do Senhor. Permita que tenhamos uma atitude corajosa e honesta em relação à tudo que contraria os teus propósitos. Clamamos por ajuda, socorro e livramento da tua parte. Não aceitamos o pecado como normal ou aceitável, não toleraremos os vícios e as práticas nocivas ao nosso relacionamento de comunhão com o corpo de Cristo, oramos por coragem e determinação, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

A Morte do Rei do Egito

Meditação do dia: 07/12/2021

“E aconteceu, depois de muitos dias, que morrendo o rei do Egito, os filhos de Israel suspiraram por causa da servidão, e clamaram; e o seu clamor subiu a Deus por causa de sua servidão.” (Êx 2.23)

A Morte do Rei do Egito – Um dos grandes benefícios de se estudar a história é para que os erros do passado não voltem a se repetir. Mas parece que a despeito de todo o conhecimento e o acúmulo de experiencias e testemunhos não são suficientes para a humanidade não repetir ciclicamente os mesmos erros. Parece um mal endêmico em cada geração. Pessoas mais sábias e com condições de pesquisa e processar dados já constatou que embora o ser humano é capaz de acumular conhecimentos e o vem fazendo muito bem por toda a sua história. Podemos constatar isso pelas inúmeras bibliotecas, museus e muitos outros meios de deixarem legados para as próximas gerações construírem à partir de onde pararam e expandir exponencialmente o potencial humano. Mas a cada geração aparece um “gênio” afirmando que acaba de “descobrir o fogo e inventar a roda.” Agem com tamanha individualização, estabelecendo ou ao menos desejando firmar seu império, deixar sua marca como sendo inédito, exclusivo e único. Quem, como nós procura o conhecimento bíblico com finalidades devocionais, para adoração e crescimento íntimo para melhor servir a Deus através de servir ao próximo, estudamos e aprendemos e procuramos passar adiante um bom fundamento para que outras gerações construam à partir dali, já que todos o fazemos sobre um único fundamento que é Cristo. “Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (1 Co 3.10,11). Ao estudar o passado, o fazemos também com a ótica de comparar o que foi feito com o que fazemos para que possamos aperfeiçoar nosso aprendizado e contextualizar o princípio sem negar-lhe a autenticidade, porque princípios são perenes, eternos e imutáveis. Seguindo o princípio das alegorias, tipos e metáforas, aprendemos com o melhor que a vida proporcionou aos antepassados, que passaram por aqui antes de nós e foram vencedores e bem sucedidos. O Egito é literalmente uma nação antiga, berço de civilizações e se susteve por todas as eras e como tal, tem suas características positivas e negativas como qualquer outro povo e civilização. Foram o berço acolhedor do provo hebreu, que desceram de Canaã para lá e se tornaram um povo numeroso e atraindo para si o medo e a opressão dos reis egípcios, que os escravizaram e oprimiram por quatrocentos anos, sucedendo-se períodos de alívio e paz, com tempos difíceis e incertos. Espiritualmente, o Egito sempre foi o símbolo do estilo de vida sem Deus, onde o pecado e o mal imperam, oprimem, matam e destroem sem piedade. O rei do Egito morreu, como diz o texto, mas por si só, isso não põe fim ao mal e ao sofrimento porque o rei apenas representa o poder operante e isso não cessa com a morte daquela pessoa investida de poder; imediatamente outra é levantada e coroada para seguir tudo como sempre foi. Como cristãos  estamos aqui num papel de sal e luz e consequentemente, somos a minoria e nunca seremos apoiados pelos sistemas mundanos dominantes. Cumprimos funções muito importantes se somos oprimidos como se opuséssemos ao bem e o progresso humano. Desde que o mundo é mundo, os sistemas vem e vão, se sucedem, trocam de nome, modo de operar e ganham novas roupagens, mas não se iludam, morre um rei e levanta-se outro. Vida que segue! Trocou o rei do Egito mas o povo ainda estavam em escravidão e Moisés ainda teria muito trabalho para produzir a libertação. Essa é a lição da vida!

Senhor, só o Senhor vive eternamente e governas com sabedoria, justiça e verdade. Somos o teu povo e clamamos por ajuda para termos a nossa libertação do poder do inimigo, que não é apenas um homem, mas um poder maior está por detrás de todas as ações. Reconhecemos que maior é aquele que está em nós, do que aquele que está no mundo. Nossa vitória está em ti, o Senhor é a nossa vitória, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Muitos Dias Depois

Meditação do dia: 06/12/2021

“E aconteceu, depois de muitos dias, que morrendo o rei do Egito, os filhos de Israel suspiraram por causa da servidão, e clamaram; e o seu clamor subiu a Deus por causa de sua servidão.” (Êx 2.23)

Muitos Dias Depois – Pela maturidade cristã e tempo de convivência com a Bíblia e sua forma de narrar os fatos, todos sabemos que as histórias contadas e registradas posteriormente, levam em consideração os fatos relevantes e não necessariamente a cronologia de datas ou contagem de tempos. Quando o nosso texto de hoje fala de “depois de muitos dias,” aqui se refere a anos¸ se passaram muitos anos. Pelos contextos sabemos que Moisés ficou aproximadamente quarenta anos em Midiã, com Jetro ou Reuel aquele sacerdote e sogro, até quando recebeu a ordem de voltara para tirar os filhos de Israel do Egito. Esses muitos anos foram necessários para o amadurecimento do projeto de libertação, isso da parte dos hebreus, de Moisés e até com a troca de comando no império do Egito, com a morte do Faraó, que era o pai da princesa que criara Moisés. Não pretendo fazer uma descrição injusta ou maldosa com Moisés e sua decisão precipitada de tirar o seu povo do Egito. Mas a promessa de Deus dada a Abraão, afirmava que eles seriam escravizados duramente por quatrocentos anos e então seriam libertados por Deus. “Então disse a Abrão: Saibas, de certo, que peregrina será a tua descendência em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos, mas também eu julgarei a nação, à qual ela tem de servir, e depois sairá com grande riqueza (Gn 15.13,14). Não vou utilizar o expediente de preciosismo, mas o registro de quando saíram foi que estiveram servindo no Egito por quatrocentos e trinta anos. “O tempo que os filhos de Israel habitaram no Egito foi de quatrocentos e trinta anos. E aconteceu que, passados os quatrocentos e trinta anos, naquele mesmo dia, todos os exércitos do Senhor saíram da terra do Egito” (Ex 12.40,41). O que estou dizendo com esses anos de diferença, é que quando Moisés fez aquela tentativa de ajudar seus irmãos e deu tudo errado, pelos cálculos então estavam com trezentos e noventa anos, faltavam dez anos para a libertação, mas com a interferência humana para fabricar os resultados, adiou por mais trinta anos. Você pode imaginar trinta anos de servidão dura e opressora? Para quem está debaixo do jugo é muito tempo e muito sofrimento. Ao invés de adiantar dez anos, atrasou em trinta anos. Lembramos de Adão e Eva com suas folhas de figueira para cobrir a nudez; Abraão fabricando um Ismael, enquanto Deus tinha um Isaque programado. Saul dando a sua armadura para o jovem Davi enfrentar um gigante. Precisamos confiar no Senhor de todo o nosso coração, para não interferirmos com nossos arranjos que nem sempre dão certo. Deus é muito sábio para frustrar seus próprios planos.

Senhor, obrigado por saber como as coisas devem acontecer e ter um perfeito controle e governo de todas as coisas. Podemos confiar em teu caráter e andar em fé, crendo que estás no controle de todas as coisas. Pedimos sabedoria para viver a tua vontade em cada etapa e servir de bênçãos e estímulo aos que juntamente conosco estão servindo com bravura e fidelidade. Oramos agradecidos, em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Peregrino Em Terra Estranha

Meditação do dia: 05/12/2021

“A qual deu à luz um filho, a quem ele chamou Gérson, porque disse: Peregrino fui em terra estranha.” (Êx 2.22)

Peregrino Em Terra Estranha – O primeiro filho de Moisés foi chamado de Gérson, numa alusão à condição de peregrino em terra estranha. Os pais dos tempos bíblicos e da maioria das culturas antigas, davam nomes aos filhos com significados importantes que marcavam fatos de suas vidas pessoais, familiares e até nacionais. Esse forte sentimento  de fazer memoriais cujo propósito era relembrar sempre aquilo que era importante e determinante, ganhava nos filhos uma base muito sólida. Toda vez que a criança ou a pessoa era chamada, ou seu nome era mencionado, aquilo era relembrado e assim não se deixava ao esquecimento. Uma pessoa nascida e criada em um lugar onde tem tudo de que precisa e poderá vir a ser, e de repente de uma hora para outra perde tudo isso e se vê forçado a se exilar para uma outra terra que lhe é estranha e ter que recomeçar apenas com sua força de trabalho e sem recursos iniciais, certamente não esquece esse período de sua vida. Foi assim com Moisés, que ao chegar em Midiã, só com a roupa do corpo e talvez objetos de sobrevivência da jornada, tinha motivos de sobra para através do nascimento de seu primeiro filho, homenagear sua conquista e sobrevivência em tempos difíceis. Assim, todas as vezes que chamasse seu filho, ele relembraria sua vitória. Isso, faz parte do processo de bênção geracional, onde as alianças e os compromissos com Deus são um legado forte a ser perpetuado à cada geração, confirmando a identidade e o destino dos novos membros dessa linhagem de família. Temos que admitir, que como ocidentais e brasileiros especialmente, não temos uma cultura nesse sentido e isso também tem que ser levado em consideração pelas poucas raízes espirituais do nosso povo. Os ocidentais não cultivaram esse legado de suas raízes orientais, de onde toda a humanidade se originou. Por lá há legado familiares preservados à milhares de anos e permanece forte, porque aquilo faz parte da identidade das pessoas e elas não abrem mão de serem quem são e terem orgulho disso. Aqui se perguntarmos para as pessoas qual a origem do nome delas, veremos que a maioria ou não tem conhecimento, ou os motivos foram fúteis e banais, meros caprichos dos pais pelo gosto da sonoridade da palavra, ou como temos no nordeste brasileiro a cultura de juntar as sílabas dos nomes dos pais para formar os nomes dos filhos. Interessante notar que os vencedores que irão para a eternidade com Cristo, ganharão um novo nome, que certamente reflete aspectos da redenção em Cristo. “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe” (Ap 2.17).

Senhor, queremos agradecer pela salvação conquistada por Cristo para nós lá na cruz e com a nova vida, temos novos propósitos e essa vida deve refletir a glória devida ao teu nome. Graças te rendemos por termos um novo destino e uma nova identidade que a tua graça nos proporcionou. Te louvamos e engrandecemos, certos de que coisas maiores e melhores estão por vir sobre nós. Em nome de Jesus, oramos agradecidos. Amém.

Pr Jason

Começando Uma Família

Meditação do dia: 04/12/2021

“E Moisés consentiu em morar com aquele homem; e ele deu a Moisés sua filha Zípora,” (Êx 2.20)

Começando Uma Família – Entendemos a família como parte integral do projeto de Deus para a vida do ser humano. Ainda que ela ganhe configurações diferentes em diversas culturas, mas ela é o centro e célula principal de todos os povos, nações e grupos humanos. Poucas instituições tem sofrido ataques tão ferozes e merecido esforços destrutivos tão severos quando a família. Mas nem por isso ela deixou de ser importante e nem desaparecerá como pregam alguns abutres sociais. O início dela foi em Deus, ainda no princípio da criação. “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a… Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 1.27,28; 2.24). Família é vereda antiga de Deus, faz parte dos planos que não se deve alterar sem que as consequências sejam terríveis. Moisés estava agora estabelecido numa nova terra, vivendo uma nova realidade de vida, sem nada daquilo que tivera até então. Trocou o palácio por uma tenda ou casa simples, deixou de servir ao rei mais poderoso da terra e agora trabalhava para uma família, que lhe acolhera e se tornara a sua família. Aprender o ofício de pastorear ovelhas, o que na sua criação era um oficio serviçal e não muito bem visto pela cultura egípcia. As lições estavam começando para prepara-lo para algo ainda maior. A sabedoria tem nos ensinado que há certas coisas nessa vida que não podem ser ensinadas, apenas aprendidas. A família é uma fonte dessa aprendizagem. Por mais cursos, ensinos, recomendações e leituras sobre o tema, só mesmo quando se forma a própria família é que as pessoas começaram a entender aquilo que nunca entenderam ou aceitaram na vida dos seus pais e da sua família de origem. A paternidade/maternidade responde muitas perguntas que jamais seriam formuladas e respondidas até chegar a sua vez. À medida que os filhos vão surgindo e crescendo, os pais vão aprendendo e percebendo aquilo que fizeram ou não fizeram, aceitaram ou não aceitaram e até lhes fora imposto à força de disciplina e nunca fizera sentido, agora sim. Ninguém conhece o limite e a força do amor paterno/materno até terem seus próprios filhos. Ninguém mexe mais com nossas capacidades do que os filhos em suas múltiplas necessidades. Portanto é uma vocação de primeira grandeza e não é por acaso que Deus deseja que seus ministros e líderes tenham famílias e especialmente as tenham em boas condições. “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel” (1 Tm 5.8). Já escrevemos uma meditação sobre a pessoa de Zípora, e a importância dela no propósito de Deus para Moisés e para Israel. Uma pessoa que originalmente não fazia parte do povo de Deus, mas que encontrou uma porta de acesso e não só entrou como foi determinante em sua influencia, pois os dois filhos dela entraram para linhagem geracional do povo escolhido. Aqui, Moisés começaria a aprendizagem que lhe seria tão útil quando viesse o momento de apascentar uma família ampliada, uma nação inteira para ser configurada e ganhar coesão e traços de um grande povo que prevaleceria para sempre, conforme a promessa original. A família sempre está presente antes, durante e depois…

Graças te rendemos, oh! Senhor por fazer coisas tão lindas e produtivas, partindo de uma união de duas pessoas. Somos gratos pela aliança de bênçãos estabelecidas com Abraão, o teu servo e amigo, agora, todos os povos da terra podem ter acesso as bênçãos e à eternidade porque ele e os seus descendentes fizeram o papel deles em andar nos teus caminhos e fazer o que determinaste a eles. Agora é a minha vez, a nossa vez, o nosso tempo. Obrigado pela oportunidade de servir nesse tempo desafiador, agradecemos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Se Estabelecendo

Meditação do dia: 02/12/2021

“E Moisés consentiu em morar com aquele homem; e ele deu a Moisés sua filha Zípora,” (Êx 2.20)

Se Estabelecendo – A Bíblia é maravilhosa em tudo que registra e na forma como as coisas são tratadas. Como ela não procura ser um livro de filosofia e explicar tudo, ela faz as narrativas com os atos e fatos necessários para compor o tudo da obra da redenção. Em alguns poucos casos ela registra diálogos inteiros ou a parte significativa de assuntos importantes. Hoje em nosso texto estamos no pós-jantar daquele primeiro dia de Moisés com a família daquele sacerdote de Midiã. Deve ter havido boas conversas e um convite amistoso para ele permanecer pot ali, já que não tinha um destino pré-estabelecido e o que precisava seria um lugar seguro para se estabelecer, pois sua permanência era indefinida, mas não seria breve. Como um pastor de igreja local eu posso seguir um raciocínio comparativo à partir daquilo que nos permite comparar a vida de Moisés, com a de um líder cristão dos dias atuais, levando em conta a chamada de cada um. Enquanto todos procuram o seu lugar ou espaço para exercer sua vocação, todos tem em consideração que a vontade de Deus deve ser prioridade nessa busca. Todos devem servir em um local ou lugar, isso tem a ver com o cumprimento da tarefa. Moisés fora criado no Egito, mesmo sendo hebreu, fora criado pela princesa no Palácio e ela o criou para si e para a vida da nobreza e exercer uma função de relevância social e quem sabe, até administrativa. Temos evidencia que ele foi muito bem preparado. A princesa tinha seus planos, mas Deus também tinha e por isso ele o colocou lá, para proteção e preparo. É muito provável que o próprio Moisés tivesse planos para sua vida; não há nada de errado em ter planos para a vida, ao contrário, é muito bom ter planos, ter sonhos, alvos e se preparar para atingi-los. Quem tem um plano, pode modifica-lo, aprimorar ou adaptar segundo for necessário e podemos até substituí-lo se justificar. Não ter planos é o mesmo que não ter propósitos e o que vier a acontecer serão meras coincidências ou acidentes de percurso. Moisés for forçado a abrir mão da vida e dos sonhos palacianos e depois renunciou a vida egípcia, para se integrar plenamente ao verdadeiro plano de sua vida. “Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado; Tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa. Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível” (Hb 11.24-27). Agir pela fé; renunciar uma coisa para se eleger para outra; preferir um sofrer por algo melhor em detrimento de um prazer temporário; distinguir riquezas verdadeiras; ver o que ninguém mais vê. São lições que precisam ser levadas em conta. Isso não é privilégio ou responsabilidade apenas para pastores e líderes, pois viver a verdade e a vontade de Deus é o caminho da realização pessoal de qualquer pessoa. Moisés deixou tudo no Egito e agora se estabelece em lugar estranho, sem afinidades, mas era o lugar ideal para receber o treinamento e a ajuda que o impulsionaria para a maior etapa de sua vida. Tempo é importante quando ele está dentro de um plano maior e na vontade de Deus. Quem disse que onde estamos é o lugar definitivo para nós? Nossos planos estão em acordo com o plano maior?

Senhor, somos gratos pela oportunidade de estar servindo onde estamos e queremos estar onde o Senhor deseja que estejamos. Podemos nos estabelecer onde e pelo tempo que os teus planos nos permitem para cumprirmos aquilo que precisamos naquele lugar, dentro daquela disponibilidade de tempo. Pedimos sabedoria e graça para estarmos sempre dentro da tua perfeita vontade. Oramos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason

Comer Pão

Meditação do dia: 02/12/2021

“E disse a suas filhas: E onde está ele? Por que deixastes o homem? Chamai-o para que coma pão.” (Êx 2.20)

Comer Pão – Gosto de comer pão! Literalmente ou em sentido figurado, eu gosto muito das analogias que esse gesto produz. Começando pela idéia de que pão é sagrado, comida para mim é algo sagrado, digno de ser recebido sempre com alegria e ação de graças, independente da quantidade e diversidade, a comida é sempre um sinal da bênção da provisão divina. Levo isso bem à sério de modo que não reclamo de comida e não gosto de ver pessoas reclamando, porque hoje na mesa só tem isso, isso e mais isso e gostaria de ter mais do isso. Entre os seminaristas dos meus tempos, brincávamos dizendo que na oração do Pai Nosso, Deus promete o pão nosso de cada dia, mas a margarina ou o presento e queijo é por nossa conta. Pão está presente em todas as culturas e ainda que possa variar de ingredientes e formatos, mas pão é sempre pão e vai bem em qualquer hora e com qualquer acompanhamento. O Pão está presente nos rituais de culto e nas oferendas e nas festividades ele é sempre um elemento presente, e sem dúvida ele merece esse destaque. Jesus, como um hebreu, era muito chegado em pão e utilizou como alimento, como símbolo nos seus ensinamentos e até multiplicou em duas ocasiões, alimentando multidões de famintos. Ao celebrar a sua última ceia de páscoa com seus discípulos, ele instituiu uma nova aliança entre Deus e a humanidade através da igreja, tendo o pão como um dos elementos da simbologia memorial. Para nós, batistas, a Ceia do Senhor é celebrada como um memorial da morte e ressurreição de Cristo como nosso substituto e pagando o preço pelos nossos pecados. Celebramos a Ceia do Senhor, em Memória do que ele fez e aguardamos a sua volta, pois ele planeje só tomar novamente quando tudo estiver consumado na casa do Pai. “Em verdade vos digo que não beberei mais do fruto da vide, até àquele dia em que o beber, novo, no reino de Deus” (Mc 14.25). A Ceia do Senhor estabelece o princípio da comunhão restaurada em Cristo Jesus e que devemos preservar e fazer até que ele volte. Essa mesma idéia da comunhão, está presente na mesa da família, quando se assentam para comer pão, ou tomar uma refeição. Trazer alguém de fora da família para assentar-se à mesa e comer juntos é um gesto onde aquela família estende as suas mãos para receber em paz e alegria uma pessoa, que passa a ter comunhão e por isso, não trazemos qualquer pessoa para nossa mesa. Podemos doar, fornecer e ajudar pessoas com alimentação, mas o assentar-se na mesa é algo mais íntimo e profundo, cheio de significado. Isso explica, porque quando alguém quebra esse vínculo de amizade e proximidade, a outra parte se ressente e até dizem: “Era alguém que comia na mesa conosco…” Aquele sacerdote de Midiã, com um coração aberto e amistoso, falou às suas filhas que um homem com disposição de defender desconhecidos em uma situação de injustiça e se dispor a ajudar sem qualquer pretensão de recompensa ou ganho pessoal, é raro de se encontrar e quando isso acontece, não se pode deixar passar. Ele entendeu que elas deveriam ter antecipado a hospitalidade e tê-lo trazido para apresentar como alguém prestativo e ainda que elas o tivessem convidado para uma refeição sem consulta prévia ao pai, naquelas circunstancias ele teria entendido como um gesto bom e gentil da parte delas e certamente teria a sua aprovação; como elas não fizeram, ele agora estava autorizando-as a que fosse em busca dele com um convite em nome da família. Jesus nos convidou para estarmos com ele um dia na casa do Pai, haverá um banquete para celebrar essa comunhão. “Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também (Jo 14.2,3).

Obrigado Senhor, pelo privilégio da comunhão e da amizade de sentarmos à mesa com o Senhor. Não somos merecedores de nada disso, mas em Cristo, o Senhor, ganhamos uma nova vida com muitas oportunidades boas e entre elas, ter comunhão com Deus em Espírito e em verdade. Agradecemos o pão de cada dia que o Senhor não nos tem deixado faltar e suprido com abundancia. Te louvamos e agradecemos em nome de Jesus, amém.

Pr Jason